Chef paraense fala sobre a participação no 'Mestre do Sabor'

Na entrevista ele fala sobre o sonho de abrir uma escola de gastronomia para pessoas carentes

Redação Integrada, com informações da TV Globo
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A estreia da fase ‘Na pressão’, de ‘Mestre do Sabor’, trouxe um grande desafio para os participantes: cozinhar, em grupo, um menu de quatro pratos com os ingredientes cupim, banana e paio. O time de José Avillez levou a melhor na avaliação às cegas de Claude Troisgros e ficou imune na segunda etapa.

Já os integrantes dos grupos de Kátia Barbosa e Leo Paixão seguiram para uma nova prova e cozinharam, individualmente, pratos utilizando bacon. Na degustação feita pelo trio de mestres, Marcelo Cotrim e Dudu Poerner foram eleitos os melhores da noite e os chefs Mariana Pelozio e Roberto Neves acabaram eliminados do reality. Confira mais detalhes da experiência dos cozinheiros que deixaram a competição.

O que significou participar do ‘Mestre do Sabor’?

Mariana Pelozio: Desafio e oportunidade. Oportunidade de mostrar um pouco das minhas raízes, do meu estilo, do que eu acredito como gastronomia, e a minha alegria na cozinha. E desafio. A vida só acontece fora da zona de conforto e eu tenho muita vida em mim.

Roberto Neves: Apesar de ter ficado pouco tempo no programa, ele foi um divisor de águas na minha vida. Sempre tive o sonho de participar de um reality de culinária e o ‘Mestre do Sabor’ foi a realização desse sonho. Tenho certeza que, daqui para frente, minha vida vai mudar ainda mais.

Coincidentemente, vocês dois eram do time do mestre Leo Paixão. Como foi o relacionamento com o chef e com os integrantes do grupo?

Mariana: Só posso expressar admiração. Eles são incríveis. Vivi e Raissa são super novinhas e dão um show. Diego e Dudu são pura técnica. Ricardo estava preocupado em ajudar até na prova de eliminação, e o Roberto tem muito talento e é pura gentileza, faz um trabalho incrível na sua cidade, muito preocupado com a cozinha regional. André é um ser de luz brilhante, cheio de conhecimento sobre artes, sobre assuntos dos mais diversos e é pura energia. Eu fui privilegiada e abençoada. Tive pouco tempo com o chef Leo Paixão, mas foi o suficiente para me motivar a ajustar algumas coisas na minha cozinha. Eu não perco tempo. Absorvi tudo o que eu pude.

Roberto: O #TeamLeo é um timão de profissionais, alguns que já conhecia, outros que tive a oportunidade de conhecer. Sem dúvidas são pessoas que merecem estar ali, por terem uma história de vida muito desafiadora, por serem excelentes profissionais e gente do bem. Foi uma pena eu ter compartilhado pouco do meu trabalho com eles, mas foi muito boa nossa relação.

Qual foi o maior aprendizado no reality?

Mariana: Meu maior aprendizado foi olhar para mim mesma e ter certeza da cozinha que eu quero fazer: popular, de verdade, nordestina. Eu me senti feliz e orgulhosa disso. E o ponto a melhorar foi, sem dúvidas, o meu nervosismo. Fiquei muito nervosa na prova de eliminação. Quando ficamos nervosos, a gente chama até Jesus de Genésio, troca o nome dos ingredientes... não é fácil. Mas serviu para reafirmar que tudo isso é o que eu mais amo fazer na vida.

Roberto: O melhor foi aprender e conhecer um pouco da história de cada participante, afinal são inúmeras culturas, experiências, técnicas. Não tenho o que falar, a não ser que estou grato por tudo.

O que vocês levam do ‘Mestre do Sabor’?

Mariana: A reação do público comigo, que foi muito além do que eu esperava. Recebi muito carinho e amor. Muita gente dizendo que se inspira no que eu faço, na minha culinária, na minha vida. Isso não tem preço. Eu quero isso e muito mais: inspirar todos a viver com coragem, com alegria, buscando superar a cada dia os desafios da vida de peito aberto.

Roberto: Levo, além da amizade, o carinho, o compartilhamento das experiências, as conversas e o orgulho de ter de representado a região Norte como um todo. Também foram importantes o carinho e o apoio da minha namorada, que sempre acreditou em mim e foi uma grande incentivadora para eu chegar onde cheguei. Fora os familiares, amigos, colegas de trabalho e todo o povo paraense que me apoiou e incentivou desde o início.

E agora, quais são os planos?

Mariana: A agenda está cheia. Em novembro, meu cardápio no Duas Terezas muda para trazer novidades. Também vamos mudar a carta de vinhos para servir ainda mais vinhos brasileiros. Meu plano é levar a cozinha de afeto para o mundo. Também estou focada em proporcionar aos meus clientes mais experiências sensoriais, como o “Jantar às Cegas”, que eu promovo no restaurante, fazendo as pessoas se conectarem e extrapolarem os sentidos através do paladar. Quero levar essa experiência para o Brasil todo. A partir de dezembro meu restaurante recebe muita gente boa para cozinhar e papear sobre arte e gastronomia. Quero que ele seja sempre isso: lugar de afeto e arte. Essa é a gastronomia na qual eu acredito.

Roberto: Tenho muitos planos. Um deles é trabalhar bastante, adquirir um pouco mais de experiência fora no país, conhecer novas técnicas, culturas e, futuramente, abrir meu próprio restaurante. Como tive dificuldades financeiras para cursar Gastronomia, um dos meus sonhos é criar uma escola gastronômica voltada para crianças e jovens de baixa renda, um projeto social onde eles possam fazer cursos profissionalizantes voltados para a área de gastronomia.

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