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Prêmio Abraccine elege os melhores de 2020

"Sertânia", de Geraldo Sarno, foi o filme vencedor na categoria longa-metragem brasileiro

Bruna Lima
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Críticos de cinema do Brasil fizeram suas escolhas e chegaram aos vencedores da produção audiovisual de 2020 por meio do Prêmio Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (17) e "Sertânia", de Geraldo Sarno, foi o filme vencedor na categoria longa-metragem brasileiro. "Aos olhos de Ernesto", "Babenco- Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou" e ``Emicida: Amarelo", também apareceram entre os top 10 nesta categoria.

O ano de 2020 foi marcado por interrupções de produções e lançamentos de filmes, festivais virtuais e entre outras mudanças bruscas no calendário de ações do cinema do Brasil e do mundo, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Mas mesmo diante de tantas dificuldades, os críticos de cinema deram continuidade com as análises e buscas por produções.

Ismaelino Pinto, que junto com Marco Antônio Moreira e Lorena Montenegro, fazem parte da Associação Paraense de Críticos de Cinema e participaram da votação. Sobre o atual cenário, Ismaelino disse que foi um momento de várias reflexões, análises e mudanças nos protocolos de avaliação.

"Foi uma forma totalmente diferente do que a gente vem fazendo. Esse ano fizemos a avaliação de filmes que participaram de festivais virtuais e filmes disponibilizados em diversas plataformas. Antes, fazíamos a avaliação dos filmes que lançavam no cinema. Esse foi o ano que mais assisti filmes em decorrência do acessos de várias janelas. Por esse lado foi bem positivo, só tive mais dificuldade na hora de fazer a escolha", avaliou Ismaelino.

Marco Antônio Moreira, presidente da Associação Paraense de Críticos de Cinema, inclusive a mais antiga do Brasil, fundada em 1962, disse que desde 2011 faz parte da votação e avalia o prêmio como uma oportunidade de troca, debate e indicação de produções. O processo de votação passou por duas fases e na etapa final Marco Antônio votou em "Pacarrete" na categoria longa brasileiro e "Martin Eden" na categoria longa estrangeiro.

"O legal é gerar discussão, debate e indicação, mas nesses tempos modernos estamos vivendo um momento de muita intolerância. Muitas pessoas ficam revoltadas com as escolhas", destaca o crítico paraense.

As produções

Sertânia, foi o grande vencedor do prêmio na categoria melhor longa-metragem brasileiro. O filme conta a história de Antão em seu delírio de morte e é um retorno ao cangaço e ao sertão que marcaram o cinema brasileiro. 

O francês “Retrato de uma jovem em chamas”, de Céline Sciamma, sobre o encontro de duas mulheres que descobrem a paixão, recebeu o prêmio na categoria melhor longa-metragem estrangeiro.

Pela primeira vez, aconteceu um empate triplo na categoria de melhor curta-metragem brasileiro. Os três filmes são: Inabitável, de Enock Carvalho e Matheus Farias, que traz uma abordagem fantástica futurista da temática trans; A morte branca do feiticeiro negro, de Rodrigo Ribeiro, resgate experimental sobre a origem e a permanência do racismo; e República, de Grace Passô, filme político produzido durante a pandemia.

Além dos premiados, a Abraccine - Associação Brasileira de Críticos de Cinema elegeu também o seu TOP 10 de melhores filmes em cada uma das 3 categorias.

A produção que representa a região norte é “O Barco e o Rio” do Amazonas, de Bernardo Ale Abinader, que aparece entre os Top 10 da categoria melhor curta-metragem brasileiro.

Veja a lista:

Longa-Metragem Brasileiro
Vencedor: Sertânia, Geraldo Sarno

Completam o Top 10 em ordem alfabética
Aos Olhos de Ernesto, Ana Luísa Azevedo
Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, Bárbara Paz
Emicida: AmarElo – É Tudo Pra Ontem, Fred Ouro Preto
A Febre, Maya Da-Rin
Fim de Festa, Hilton Lacerda
Pacarrete, Allan Deberton
Sol Alegria, Tavinho Teixeira
Todos os Mortos, Marco Dutra e Caetano Gotardo
Vermelha, Getúlio Ribeiro

Longa-Metragem Estrangeiro
Vencedor: Retrato de uma Jovem em Chamas, Céline Sciamma

Completam o Top 10 em ordem alfabética
Adoráveis Mulheres, Greta Gerwig
O Caso Richard Jewell, Clint Eastwood
O Farol, Robert Eggers
Hotel às Margens do Rio, Hong Sang-soo
Joias Brutas, Josh e Benny Safdie
Martin Eden, Pietro Marcello
Os Miseráveis, Ladj Ly
Nunca Raramente Às Vezes Sempre, Eliza Hittman
Você Não Estava Aqui, Ken Loach

MELHOR CURTA-METRAGEM BRASILEIRO
Vencedores:
Inabitável (PE), Matheus Farias e Enock Carvalho
A Morte Branca do Feiticeiro Negro (ES), Rodrigo Ribeiro
República (RJ), Grace Passô

Completam o Top 10 em ordem alfabética
O Barco e o Rio (AM), Bernardo Ale Abinader
Cinema Contemporâneo (PE), Felipe André Silva
Construção (RS), Leonardo da Rosa
Entre Nós e o Mundo (SP), Fabio Rodrigo
Extratos (SP), Sinai Sganzerla
O Que Há em Ti (SP), Carlos Adriano
Vaga Carne (RJ), Grace Passô e Ricardo Alves Jr.

 

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