Poeta Bruno de Menezes é tema de Café Literário em Belém

Encontro terá como convidados os professores Rodrigo Wanzeler, Clei de Souza e Carol Menezes, bisneta do escritor

Redação Integrada
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A vida e obra de um dos maiores poetas da literatura paraense serão revisitadas hoje pelo projeto Café Literário da Casa do Fauno, espaço cultural localizado no bairro do Reduto, em Belém, a partir das 19h. "Bruno de Menezes: entre andanças e batuques" será o tema do encontro, que terá como convidados os professores Rodrigo Wanzeler, Clei de Souza e Carol Menezes, bisneta do escritor, para falar sobre o folclorista que marcou época na cultura amazônica. A entrada é franca.

O poeta Bruno de Menezes deixou o mundo há 55 anos, mas devido à sua obra e personalidade únicas, ficou eternizado na cultura paraense. Menezes nasceu no bairro do Jurunas, em Belém, no ano de 1893. Filho de um pedreiro e de uma doméstica, cursou apenas o primário, na adolescência foi encanador e, já a vida adulta, tornou-se funcionário público. Como autodidata, desenvolveu desde cedo grande paixão pelos livros, e à medida que evoluiu de leitor para escritor, foi fazendo amigos e influenciando pessoas.

"É aí que eu particularmente vou entrar, para falar de um Bruno de Menezes mais maduro e da rede de contatos que ele estabeleceu, ainda na primeira metade do século XX, com pesquisadores e com outros escritores de Belém e de outros estados. Ele se articulava e se movimentava muito bem”, observa o mestre em estudos literários e doutor em Antropologia Social, Rodrigo Wanzeler. De acordo com o docente, ele e Carol Menezes vão se deter mais aos aspectos biográficos do poeta modernista.

Bruno de Menezes foi um dos grandes agitadores da cena cultural paraense no início do século XX. Em 1923, fundou a revista Belém Nova, que propagou as ideias modernistas no estado e em todo o Norte do País. Hoje, sua bisneta, fotógrafa, graduada em Letras e pesquisadora da Universidade da Amazônia (Unama), desenvolve pesquisas a respeito de sua trajetória também como "homem de cultura". Uma das plataformas utilizadas no trabalho é a internet, por meio da fanpage "brunodemenezespoeta", no Facebook.

A poesia de Bruno de Menezes, especialmente a de "Batuque", sua obra mais conhecida, será abordada pelo professor na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, doutorando em Estudos Literários na UFPA e também escritor e compositor, Clei de Souza. Lançado em 1931, Batuque foi definido pelo romancista Dalcídio Jurandir como “um retrato de Belém, da história do Umarizal, da Pedreira e da Cremação, do cais e das velhas docas”, um livro marcado pela negritude, pelos ritmos africanos, pela plástica depurada e pelos temas populares. “É uma obra extremamente rica de significados. Na minha fala, vou fazer uma relação entre Batuque e a contemporaneidade”, adianta Souza.

Serviço:
Projeto Café Literário "Bruno de Menezes: entre andanças e batuques"
Data: 13 de dezembro (quinta-feira), às 19h
Local: Casa do Fauno (rua Aristides Lobo, 1061 - Reduto)
Informações: (91) 98115-7236
Entrada franca

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Cultura
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