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Paulo André Barata completa 75 anos

Filho e principal parceiro do poeta e compositor Ruy Barata, o paraense Paulo André é autor de clássicos e tem a obra reconhecida mundo afora.

O Liberal

O compositor, cantor, instrumentista e arranjador Paulo André Barata completou 75 anos no último sábado, 25. Filho do poeta e compositor Ruy Barata, Paulo André foi um dos principais parceiros do pai. Juntos, eles compuseram clássicos como o bolero “Foi Assim”, a canção rural “Pauapixuna” e o carimbó “Este Rio é Minha Rua”. Paulo André é reconhecido com um dos grandes compositores da Música Popular Brasileira, reconhecido dentro e fora do Brasil.

Paulo André nasceu em Belém do Pará, em 25 de setembro de 1946. Ele é o quarto filho de Ruy Barata com a professora Norma Soares Barata. Atualmente, ele se recupera de uma cirurgia no olho direito. A data será celebrada na intimidade com a família.

“Paulo André tem pouco mais de 200 composições, sendo a totalidade com vários parceiros. Ao longo da vida, ele fez raríssimos shows, mas sempre com grande produção”, conta o irmão do artista, Tito Barata, sobre o aspecto reservado do temperamento de Paulo André.

A obra de Paulo André e Ruy Barata será celebrada por Fafá de Belém no show “Foi Assim- A música de Paulo André e Ruy Barata”, que a cantora apresentará no Theatro da Paz, nos próximos dias 6 e 7 de outubro.

Trajetória

Paulo ganhou o primeiro violão de presente aos dez anos de idade, enquanto se recuperava de um acidente de carro em que fraturou o fêmur e enfrentou longo tratamento.

Em 1965, compôs a primeira música, “Rosa Rubra”, uma bossa nova que recebeu letra do pai e foi apresentada em um show de estudantes na sede da União Acadêmica Paraense (UAP). Dois anos depois, em 1967, ficou em terceiro lugar no I Festival de Música Paraense com a marcha rancho “Fim de Carnaval”, feita em parceria com João de Jesus Paes Loureiro, e “Preamar”, com Ruy Barata, enquanto “Canção de Bem Querer”, também composta com Ruy, recebeu menção honrosa.

Depois disso, Paulo André se muda para o Rio de Janeiro, onde estuda teoria musical e harmonia com a professora Vilma Graça, mestra de toda uma geração da MPB, nos anos 1960. Voltou para Belém no início dos anos 1970, quando compôs a trilha sonora do filme “Brutos Inocentes”, de Líbero Luxardo, na qual surgem as canções “Indauê Tupã” e “Este Rio é Minha Rua”.

Em 1974, ele circulou em Belém com o show “Todo Dia é Dia D”, tendo como convidada especial Fafá de Belém - antes da fama, quando ainda nem era conhecida com esse nome artístico. “Foi nesse espetáculo que o ritmo contagiante do carimbó ‘Este Rio é Minha Rua’ e a sonoridade cinematográfica de canoas e batidas de remo em ‘Indauê Tupã’, feitas em parceria com o pai e na voz de Fafá, despertaram o interesse do grande público e de produtores do sul do país para a música feita pelos paraenses”, recorda Tito.

Em 1978, Paulo André gravou o primeiro LP solo, intitulado “Nativo”, com as participações de Sivuca e Fafá de Belém. E, em 1980, o segundo LP solo, “Amazon River”, com arranjos e regência de João Donato.

Diante do falecimento do pai, em 1990, Paulo André atravessou um período de recolhimento. Em 1997, realizou o terceiro lançamento, um disco duplo com músicas compostas em parceria com Paulo César Pinheiro, Alfredo Oliveira, Aloísio Falcão, João Donato e Paes Loureiro, entre outros.

Após nova pausa ainda mais longa, de 20 anos, em 2018 lançou em CD e vinil o projeto intitulado “Paulo André Barata”, que reuniu músicas compostas com vários parceiros. O álbum teve um show de lançamento no Theatro da Paz com as participações especiais de João Donato, Alba Mariah, Andréa Pinheiro, Lia Sophia e Lucinnha Bastos.

Songbook

O repertório do pai e filho compositores também será tema de um songbook com 80 músicas deles, acompanhadas de partituras, que está sendo produzido sob a coordenação de Tito Barata, dentro da programação comemorativa ao Centenário de Ruy Barata.

“A pandemia deu uma trégua (na realização do projeto), mas estamos retomando. O livro será acompanhado de um disco com 22 canções de Paulo André e Ruy Barata gravados por artistas da terra”, conta Tito.

 

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