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Égua do Babado entrevista Nany People, vendedora de arte e de sonhos

A atriz, humorista e repórter é a convidada do Égua do Babado desta terça-feira (9)

Bruna Lima
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A atriz, humorista, repórter, negociadora de sonhos e muito mais, Nany People, é a convidada do "Égua do Babado'' desta terça-feira (9). A artista, que viveu a experiência na terceira edição de "A Fazenda" e chegou a comparar o programa a um filme de terror, vai falar sobre a vivência no reality, avaliar o BBB e dizer como está enfrentando esse período de pandemia. O bate-papo está marcado para às 17h e será transmitido pelo instagram de oliberal.com.

Nany People é uma trabalhadora da arte que coleciona experiências das mais variadas possíveis. Já foi camareira, maquiadora, bilheteira, repórter, radialista, cantora, atriz e até negociadora de sonhos, como ela mesma diz. "Teve uma época da minha vida que trabalhei vendendo vestido de noiva, ali não era apenas uma venda de um vestido, era a negociação de um sonho, consegue entender o que é isso? Então eu tinha que descobrir quem era o financiador deste sonho", recordou a artista.

Nany trabalhou ao lado de personalidades como Hebe Camargo, quem lhe deu a oportunidade de ser repórter, Xuxa, Ratinho, Amaury Jr. e entre outros.  "Ser artista é transitar por todos os espaços da arte. "Quando vim para São Paulo para estudar teatro, no Teatro Macunaíma, fiz de tudo um pouco, nessa época que fui camareira, bilheteira, maquiadora e muito mais", destaca Nany, que se formou em artes cênicas pela Unicamp. 

Em meio a tanta experiência de vida, em 2010, Nany enfrentou mais um desafio ao ser convidada para participar da terceira temporada de "A Fazenda", na TV Record. Ela disse que aceitou a proposta com o objetivo de mostrar ao público a própria subjetividade. "Eu precisava  me mostrar, mostrar meus preconceitos, meus defeitos e mostrar que estou acima do personagem que foi criado, pois as pessoas estavam acostumadas com a drag, sendo que já tinha passado pelo processo de transição e me tornado uma trans e o público ainda não me via assim", destaca a artista.

Nany chega a comparar a participação no reality como um filme de terror, já que se trata de um universo que imita a vida real com a diferença que, na vida real, as pessoas têm a escolha de encerrar parcerias e de se afastar de companhias indesejáveis e já dentro do reality essa escolha não é possível. 

" Aqui fora você deleta, bloqueia. Lá, você briga na sala e interage na cozinha, não tem saída. É uma experiência que testa seus limites. Você entra sabendo de todas as regras e acaba virando um universo paralelo, pois é um mata mata, as pessoas sabem disso e não aceitam, por isso é um filme de terror", destaca.

Em uma comparação sobre os realities, Nany acredita que o cenário de A Fazenda seja mais cheio de conflito pelo seu formato, uma vez que os participantes têm várias funções dentro do espaço, como o cuidado com os bichos. Já no Big Brother Brasil, por exemplo, essa tarefa diária já não é tão presente.

"Dentro da Fazenda é mais comum as brigas em decorrência das diversas atividades que exercemos lá dentro e acaba que essa tarefa acaba resultando em conflitos entre os participantes", comenta.

Nany diz que jamais diz nunca sobre uma nova participação em um reality, "o nunca de hoje pode ser a oportunidade de amanhã", pois para ela tudo depende do momento. Mas ela afirma que a participação no programa lhe trouxe muitos benefícios, pois após ficar um pouco mais de um mês confinada, quando saiu do programa recebeu vários trabalhos e boas oportunidades.

"Fiz muitos trabalhos de publicidade, mas além disso o leque de oportunidades ampliou, pois passei a fazer coisas que não fazia antes, como trabalhos para empresas. Eu saí no momento em que o programa ainda estava passando e isso é muito bom, pois a pessoa fica em evidência. Diante disso, ganhei uma grana boa e viajei bastante", recorda a artista.

Isolamento

Nany diz que com esse período de isolamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus vem aprendendo a viver um dia de cada vez e sem programações a longo prazo, já que desde o ano passado vem cancelando trabalhos e compromissos em virtude do problema que o mundo vive.

"As pessoas ficam dizendo que todos estamos no mesmo barco, eu digo que não, nós estamos no mesmo mar, só que em barcos diferentes, pois eu por exemplo, já tive que cancelar meus espetáculos e estou impossibilitada de trabalhar, enquanto que outras pessoas têm a possibilidade de trabalhar em casa", destaca.

Outra questão que Nany comenta é que em São Paulo os teatros estão desativados e ela faz a comparação, "os teatros são mais limpos que os mercados e as igrejas e além disso trabalhamos apenas com 40% da lotação", pontuou. Além dos espetáculos, a atriz precisou adiar a participação de uma novela da Globo e entre outros compromissos.

"Você me pergunta como estou e eu digo que não sei dizer. estou vivendo dia após dia", destacou a atriz. Nesse período, ela disse que precisou se reinventar aos novos espaços virtuais, que são experiências novas e desafiadoras. "No final do ano fui contratada por uma empresa, fiz um show pela plataforma zoom. Quando eu já estava na apresentação percebi que tinha feito algo de errado, pois o público me via mas eu não via ninguém, apenas uma tela preta, só escutava o som. Segui em frente e fiz, mas tudo isso mostra as mudanças e os desafios que enfrentamos nesse processo de reinvenção".

Para Nany, nada será como antes. "As pessoas ficam ansiosas para ter de volta a vida normal, mas eu acho que aquele normal não volta mais, muita coisa vai mudar, muita coisa veio para ficar. Acredito que tudo será mais contido", analisa a artista.

 

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