Ronaldo Silva e Allan Carvalho falam (e cantam) da parceria na live 'Vidas On-Line'

Eles também vão apresentar músicas novas e vender LPs, CDs e livros de partituras das carreiras, sendo alguns raros.

Redação Integrada
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Ronaldo Silva e Allan Carvalho, um encontro de musicalidade que rende preciosos frutos de cultura popular há 15 anos. As memórias e os processos criativos de uma parceria que já rendeu três álbuns com pelo menos 200 composições, serão tema do evento “Vidas On-line”, um bate-papo regado á música que acontecerá nesta quarta-feira, 7, a partir das 21 horas, com transmissão ao vivo pelos perfis dos artistas no Instagram. Durante a live haverá a venda de livro de partituras, CDs e LPs de projetos realizados em conjunto, individualmente e com outros parceiros, incluindo o Arraial do Pavulagem, do qual Ronaldo é um dos fundadores.

“Sou compulsivo para escrever e ele, é compulsivo para fazer as melodias”, conta Ronaldo, 63 anos. “É possível que a gente consiga sintonizar todas as capitais do Norte (com a música deles), como Belém, Macapá e Manaus, além do Marajó, resgatando a memória dos mestres para a valorização e difusão da cultura popular”, acredita.

A produção da dupla valoriza os ritmos regionais e os instrumentos tradicionais, como o reco-bambu, tambor onça ou roncador, rabeca, caixa de santo da Marujada, caixa de marabaixo, curimbó, milheiro, maracas, banjo, caixa de Boi-bumbá do Marajó, alfaia e bandolim, sem contar os instrumentos base de violão acústico e violão sete cordas, guitarra, baixo elétrico e o set de percussão em lugar da bateria.

“É um exercício diário (compor com Ronaldo)”, descreve Allan, de 43 anos. “A composição está na nossa relação de amizade, que tem materialidade musical e poética. Quanto mais a gente compõe, mais amigo a gente fica. E, claro, isso se torna numa militância cultural na Amazônia”, acrescenta ele, que costuma enviar fotografias de paisagens encontradas em viagens para servir de inspiração à verve poética de Ronaldo. “A parceria é muito acesa. Eu envio a foto, como a de uma canoa em Salvaterra (Marajó) batizada de ‘Rei do Mar’, ou de um ipê florido no caminho para São Félix do Xingu, no Sudeste do Pará. Ele me responde rápido e já me pede para ver logo (a melodia). É uma prática que a gente tem”, continua Allan.

Álbuns

Juntos, eles lançaram os álbuns “Realeza do Guamá”, que resgata a memória do Boi Malhadinho do bairro do Guamá, fundado pelo falecido Mestre Nazareno Silva; “Bandeira de Ouro”, que reúne ritmos regionais como coco, baião, carimbó, merengue, lundu e banguê, usando instrumentos tradicionais; e “Folias de Belém”, resultado de nova pesquisa dos artistas sobre as folias do Pará, Amapá e Amazonas.

“A gente não tem preconceito com tecnologia, mas procura dar um ambiente sonoro regional. Quando a gente grava folia e retumbão (exemplo), a gente cria vínculos para que esses instrumentos não desapareçam. Essa sonoridade que a gente elege para por no disco dar uma roupagem que não parece tradicional ou moderna, mas vestida com bom senso e carinho”, explica Ronaldo.

Ele detalha que a live será um encontro de amigos, de lembrar a produção dos mestres da cultura popular e de tocar as músicas compostas em conjunto e individualmente, como as dos álbuns mencionados e também dos solos e com outros projetos, como “Via Norte”, “Balaio Sonoro”, “Quaderna” e “Ouro Fino”.

Projetos Individuais

Na live, Ronaldo e Allan também irão apresentar algumas músicas dos novos projetos individuais. Este mês, Allan lançará o EP “Forró no Bosque”, resultado da pesquisa iniciada há 20 anos sobre Ary Lobo. O projeto de nove faixas traz composições de Allan inspiradas na produção do artista que foi sucesso nacional nos Anos 50. O EP traz as participações de Eudes Fraga, Ronaldo Silva, Márcio Macedo e Mariane Lima. “Estou voltando no tempo para trazer (essas novas músicas)”. Ainda, haverá um documentário sobre a vida de Ary Lobo e o processo criativo de Allan no ambiente da pesquisa realizada. O vídeo tem as participações confirmadas de Fagner, que gravou sucessos de Ary Lobo, e do baterista do Titãs, Charles Gavin.

Já Ronaldo, está gravando o primeiro álbum solo em 16 anos, “M’Barayó” (nome indígena que deu origem à Marajó), que tem a direção musical de Allan. “Tenho uma relação visceral com esse lugar, meus eram pais marajoaras. A importância desse disco para a música paraense é a valorização da cultura popular do Marajó, é uma memória fonográfica e um carinho meu para com esse lugar, que é maravilhoso apesar de esquecido”. O álbum deverá trazer 17 faixas e tem previsão de lançamento ainda para este semestre.

Esses dois projetos têm a parceria do Ná Figueredo e do Instituto Arraial do Pavulagem.

Agende-se:

Live “Vidas On-line”, com Allan Carvalho e Ronaldo Silva

Dia: Quarta-feira, 07 de abril

Hora: 21h

Onde: Instagram @ronaldosilva.pavulagem e @allan.p.carvalho

Contribuições e compras de CDs, LPs e livros podem ser feitas por meio do Pix dos artistas: (91) 989139359 e (91) 98150-3240

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