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Quatro artistas se juntam para falar do empoderamento feminino

Joelma Klaudia, Thais Badu, Ananindeusa e Rafaela Cunha lançam canção com recado certeiro contra o machismo

Lucas Costa
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Às vésperas do carnaval, em que campanhas contra o assédio sexual como o “Não é Não!” se veem necessárias, quatro mulheres de juntaram para falar de empoderamento feminino por meio da música. Joelma Klaudia dá voz à canção “Buceta Sem Etiqueta”, junto a Ananindeusa e Thais Badu. O single será lançado nesta sexta-feira, às 13h, junto a um videoclipe no canal de Joelma no YouTube.

A música surgiu como uma ideia da socióloga Rafaela Cunha, que assina a composição junto as três vocalistas. Mostra um tipo de irreverência, a faixa destaca a diversidade sobre ser mulher, a afirmação sobre o corpo e autonomia nas relações.

Rafaela conta que a ideia surgiu no ano passado, em um momento em que as mulheres se uniram para lutar contra várias situações críticas enfrentadas por elas na sociedade, como o direito de exercer sua liberdade. “Ao mesmo tempo em que essas mulheres estavam ali criticando algo imposto, era colocado um estigma de serem mulheres à margem, mulheres vulgares, as que não fazem parte dessa sociedade que enquadramos como ‘de bem’”.

Assista ao vídeo:

Sobre a letra, ela destaca que são mulheres falando da forma que querem ser vistas e representadas. “Acho que esse é o momento de quebrar padrões e estigmas, e a linguagem corporal e a falada devem seguir no mesmo ritmo. Não é deixar tudo no mesmo campo, um campo vulgar. É mostrar que tem mais ali além de uma vulgaridade, porque estamos falando de algo político, que é o corpo”, explica Rafaela. “Acho que é o que a música representa. É a autonomia da mulher, a liberdade sobre o corpo dela, e quando ela tem essa liberdade, vai conseguir se organizar socialmente e lutar por direitos e exercer essa liberdade”.

Para Joelma Klaudia, além de um ato político, a canção também representa uma libertação pessoal. “Eu vivi uma relação abusiva que roubou até a minha alma. Quando dei por mim ele tomava conta do meu dinheiro, dizia com quem eu tinha que andar e o que vestir. Se metia em todos os meus projetos de shows. Na maioria dos lugares que cantei fui agredida e no dia que comprei a minha casa própria fui espancada até ele quebrar o meu ombro esquerdo”, relembra a artista.

“Quem faz arte tem o dever de discutir temas tabus que possibilitem análises, reflexões e inflexões sobre a temática citada. É preciso que toda a sociedade tenha dever de permitir e garantir o empoderamento da mulher sobre seu suas falas, suas escolhas, seu corpo etc”.

Ananindeusa revela que este é seu primeiro trabalho cantando com melodia. Com um background do teatro e cinema, ela também é poetisa, e pôde colocar sua experiência na letra. “O que aconteceu foi que a Joelma me convidou e eu fiquei surpresa, me perguntando como iríamos fazer esse processo. No dia de gravar eu fiz outra composição, estava com outra coisa escrita, mas lá, conversando, eu acreditei que era necessário fazer outra composição”, conta.

Thais Badu também destaca a importância da música para todas as mulheres. “Foi o momento em que a gente se uniu em prol de uma causa, nossa causa. De mais liberdade de expressão, de mais igualdade. Então essa é nossa homenagem também para começar com tudo esse mês tão importante que é o da mulher, com essa mensagem importante”, destaca.

O clipe tem a participação colaborativa de drags do coletivo Noite Suja, do Grupo Free Dance e amigos. A produção musical é de Will e Danilo Rosa, e o videoclipe tem direção de Leo Platô.

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Música
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