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Projeto Várzea Wave valoriza produção cultural para além da capital paraense

Criada em Santarém, iniciativa exalta ritmos amazônicos por meio de releituras feitas por artistas de uma nova geração

Ana Carolina Matos
fonte

A intensa produção cultural paraense por vezes é reduzida ao que ocorre em Belém. Entretanto, cada vez mais artistas, músicos e profissionais de variados segmentos culturais têm mostrado que, para além do grande centro do estado, os municípios do interior também têm sido polos de intensa experimentação e criação. É o caso do projeto colaborativo e independente Várzea Wave, que exalta ritmos amazônicos por meio de releituras feitas por artistas de uma nova geração, a partir de uma união de iniciativas de Santarém, no Baixo Amazonas.

A proposta é que, mensalmente, uma nova produção audiovisual seja publicada no canal do projeto no Youtube. No próximo dia 21 de agosto, a música "Vem Meu Amor (Xanana)", eternizada na voz de Viviane Batidão, ganha uma nova roupagem com a voz da belenense Jhenifer Cohen, da banda Noturna.

A estreia da iniciativa ocorreu com um clássico de ninguém menos que Pinduca: a canção Sinhá Pureza. Lançada no início de julho, a música foi interpretada pelo cantor Jow Pierre, de Itaituba, com as guitarras de Gabriel Rocha. O vídeo também teve a coreografia de Nágila Santos e Tacymara Moraes, registrados e dirigidos por Diego Farias com assistência de Eder Rodrigo. A produção executiva foi de Vinicius Villare.

Produtor executivo do projeto, Vinicius Villare explica que a próxima canção deve dialogar com um público mais jovem e da periferia. "A gente vai fazer a releitura de um clássico. A gente vai conversar com um público diferente dessa vez. A primeira música foi Sinhá Pureza, onde a gente lidou com o mais alto nível de cultura popular do Pará, o carimbó... E agora a gente vai falar com a galera da periferia, com uma releitura do tecnomelody. Estamos ansiosos pra chegar nesse público novo, mais jovem talvez", detalha.

Idealizador do projeto, o produtor audiovisual Diego Farias explica que a ideia cresceu pela própria experiência pessoal de experimentação musical. "O projeto surgiu de uma paixão que tenho de fazer músicas em casa. Desde muito jovem fazia música em casa no teclado, remixes de músicas regionais... Eu tenho um apreço pela música daqui e sempre gostei de misturar as canções, mostrar pros amigos...", inicia.

Entretanto foi uma visita à uma comunidade do interior do Pará que fez com que o produtor audiovisual percebesse a necessidade de que as músicas produzidas nos pequenos municípios paraenses chegassem até mais pessoas. "Eu vi que tinha uma senhora que cantava várias músicas originais, com um grupo de crianças, durante a gravação de um documentário. E então eu tive essa ideia de tentar fazer releituras, mas colocar músicas que não são tão conhecidas. Apesar de que essas primeiras são clássicas da região, a ideia é fazer esse trabalho com músicas desconhecidas do povo daqui", conclui.

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