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Pabllo Vittar com um pé nos EUA e no Canadá

Prestes a fazer primeira turnê nos dois países, a cantora prepara EP com músicas em inglês e espanhol

Agência Estado
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No dia 28 de junho de 1969, o bar gay Stonewall Inn, em Nova York, foi invadido por policiais de forma violenta. Havia crescido, ao longo dos anos 1960, uma política de batidas policiais em lugares frequentados por homossexuais. Revoltados com toda a violência, um grupo de ativistas, liderados pela drag queen Masha P. Johnson, iniciou uma série de manifestações pelos direitos das pessoas LGBT.

As passeatas deram origem às Paradas de Orgulho que conhecemos hoje em dia, que geralmente são comemoradas perto da data 28 de junho, que hoje é o Dia Internacional do Orgulho LGBT. 

E vai ser por várias Paradas LGBTs que a drag queen brasileira Pabllo Vittar vai fazer a sua primeira turnê pelos EUA e Canadá. A digressão começa no dia 8 de junho em Los Angeles e passa ainda por Boston no dia 9, Miami no dia 21, Chicago no dia 22, Toronto no dia 23, Nova York no dia 29 e São Francisco no dia 30

"Fiquei emocionada quando soube que iria fazer esses shows", conta Pabllo ao jornal O Estado de S. Paulo. "Quero muito abraçar as pessoas por lá e dar o meu melhor." Durante a entrevista, Pabllo estava no Brasil, mas a conversa foi por telefone - ela estava num raro momento de descanso. No último mês, Pabllo fez shows no México, Chile, Argentina, Portugal, Irlanda e Inglaterra. 

De quebra, foi ao festival Coachella, nos EUA, e subiu ao palco duas vezes, para cantar com o grupo Major Lazer, com quem gravou, ao lado também de Anitta, a música Sua Cara, e com a dupla Sofi Tukker, parceria de Pabllo na canção Energia. "Fiquei feliz porque nesses lugares haviam muitos brasileiros, mas também muitos nativos vinham me cumprimentar, conheciam o meu trabalho", revela a drag queen cantora.

Para os fãs internacionais, Pabllo prepara um presente, vai lançar, muito em breve, um EP, dividido em duas partes. No projeto, estarão músicas em inglês, espanhol e português. O primeiro single ainda não foi definido, mas a equipe de Pabllo já tem um favorita. "Tem uma em espanhol que todos estão viciados, mas que ainda não gravei."

Os ritmos latinos devem ter grande influência no trabalho, principalmente a cumbia e o reggaeton. Mas Pabllo promete não deixar de lado os ritmos brasileiros, principalmente os do Nordeste - a cantora é maranhense. "Não gosto de jogar nada fora, gosto de acrescentar", diz. Em seu segundo e mais recente disco, "Não Para Não", lançado no ano passado, ela já havia feito uma grande mistura de ritmos, entre eles o k-pop, que tem crescido cada vez mais no seu gosto - ela elege a apresentação do grupo feminino coreano Blackpink como uma das melhores que viu no Coachella.

Pabllo garante que os seus dois EPs vão estar repletos de parcerias, mas não quis citar nomes. Um esperado é o DJ e produtor Diplo, líder do Major Lazer, com quem Pabllo já trabalhou em seus dois álbuns anteriores, nas músicas Então Vai e Seu Crime. 

Além de gravar o projeto internacional, Vittar contou ao jornal O Estado de S. Paulo que já está trabalhando no seu terceiro álbum de estúdio, que pode chegar ainda este ano. Por isso, ela deve focar, no resto de 2019, apenas na música - em 2018, ela apresentou na TV o programa Prazer, Pabllo Vittar no canal Multishow.

Fama e preconceitos

Como drag queen cantora, a carreira de Pabllo Vittar é curta, mas intensa. Em menos de quatro anos, desde que lançou seu primeiro single, Open Bar, já foram dois discos, uma apresentação com Fergie no Rock in Rio, os dois shows no Coachella e mais momentos inesquecíveis. Ainda assim, mesmo com todo o sucesso em sua carreira, Pabllo diz se sentir como no início, quando passou dias lendo e relendo a primeira reportagem já escrita sobre ela num veículo brasileiro. 

"Evoluí muito profissionalmente, mas me vejo como a mesma pessoa de Open Bar", declara. "Aprendi a lidar com essa área e com pessoas. Lidar com pessoas não é fácil."

Nascido Phabullo Rodrigues, a cantora de 24 anos não gosta de rótulos, mas já afirmou, em entrevistas anteriores, ser gender fluid, transitando entre os dois gêneros. Ao longo dos quatro anos, Pabllo se tornou uma voz para a comunidade LGBT - por ser uma grande referência nos palcos a também pertencer à comunidade "Fico feliz que o nosso trabalho está servindo de inspiração, não só o meu, como o da Gloria (Groove), da Lia (Clark)...", diz sobre suas colegas drag queens.
 

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