Luís Girard faz live de lançamento de 'Colossal', neste sábado, 21

O show será transmitido pela Tv Cultura e Youtube

Enize Vidigal

Luís Girard realiza a live de lançamento do álbum “Colossal”. Nesse trabalho iniciado há dois anos, o artista mergulha na boemia belenense dos Anos 60 a 80 para trazer à tona ritmos dançantes da memória afetiva da cidade. O show será transmitido no sábado, 21, direto do palco do Ná Figueredo, mas sem plateia, devido à pandemia pela Covid-19, com transmissão ao vivo pela TV e portal Cultura e pelo canal do artista no Youtube, a partir das 20h45.

“Colossal” nasceu do projeto de pesquisa e experimentação artística “Nave do tempo – um passeio pelos bailes da saudade”, que inspirou Girard a produzir 10 faixas, incluindo as composições solo "Tá cheiroso!", "Está falso" e "A poeira subiu"; as feitas em parceria com Allan Carvalho, "Boemia da Campina", "Cinderela", "Valsa para Aurora", "No Grito", "É Show!" e "Bolero de la Flor", sendo a última com a participação de Aninha Moraes; e “Genipapo”, de Ronaldo Silva (Arraial do Pavulagem).

A 11ª faixa é um carimbó que tocava em barracões de Marapanim, nos anos 60, de autoria desconhecida. O estudo foi contemplado pelo Edital Seiva, de 2018, da Fundação Cultural do Pará, assim como a gravação e o show de pré-lançamento.  

“Fizemos uma roda de conversa com antropólogos, historiadores, acadêmicos e cantores sobre o que tocava na noite de Belém, naquela época. Detectamos dois movimentos de pressão musical: a música caribenha, que provavelmente foi trazida à Amazônia por marinheiros de maioria caribenhos, mas também colombianos, haitianos e outros, que frequentavam os prostíbulos das periferias ribeirinhas, mas que também chegava pelas ondas de rádios cubanas; e o movimento nacional que trouxe todos os ritmos que as gravadoras em pleno vapor impunham para as rádios tocarem, como samba, bolero, samba-canção”, explica Girard.

image 'Colossal', o som da Belém da memória (Carlos Borges/ Divulgação)

“Já estávamos para lançar o CD quando veio a pandemia. Foi um balde de água fria (nos planos). Optamos por transformar em uma live”, conta. A experiência de show virtual é recente, porém desafiadora. “É um trabalho muito bonito, espero que fique para a eternidade. Estou muito feliz de poder lançar enfim o trabalho em grande estilo e com parcerias maravilhosas”, comemora.

A live tem a direção musical de Davi Amorim e um cenário especial. No palco, Luís Girard será acompanhado por Márcio Jardim (percussão), Amorim (guitarra e violão), Jonatas Gouveia (baixo), Felipe Ricardo (saxofone), Edvaldo Xaréu (trompete), Lulu Boni (trombone) e pelos back in vocals Ana Lemos, Laíse Rodrigues (Farofa Tropikal) e Gabriel Gonçalves.

A prensagem do CD e o show de lançamento foram contemplados pelo Edital de Patrocínio do Banco da Amazônia. Allan Carvalho assina a produção musical do disco, e Manassés Malcher, o arranjo e a direção musical.

O álbum completo chega às plataformas digitais na próxima semana.

Girard anuncia para o mês que vem o lançamento de videoclipes de duas faixas do disco, ambas de autoria dele com Allan: “Cinderela”, que tem participação das integrantes do Grupo de Mulheres Prostitutas da Área Central de Belém (Gempac), e “No Grito”, que teve o apoio da TV Cultura. Mais dois clipes de “Colossal” estão em fase de produção.

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