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Keila lança 'Brega Doido' nas plataformas digitais nesta sexta

Single é o primeiro do álbum 'Malaka', que será lançado em agosto e marca a carreira solo da artista paraense

Enize Vidigal
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"Brega Doido" é o single de estreia do novo álbum "Malaka", que Keila lança nesta sexta-feira, 12, em todas as plataformas digitais. No próximo dia 19, a música ganha videoclipe gravado numa laje do bairro do Guamá.

Malaka será o primeiro disco da carreira solo da artista paraense, que deixou a Gang do Eletro há quase dois anos. O projeto traz a identidade do tecnobrega paraense em intercâmbio com ritmos de periferia de outros cantos, como o funk carioca, o batidão romântico pernambucano, o reggaeton colombiano e o afrobeat e o ragga de origem africana.

Sob a direção musical do baiano Felipe Pomar e beats do DJ Waldo Squash (Gang do Eletro), a maioria das composições de Malaka são da própria Keila, que também assume o controle de várias frentes do projeto.

Brega Doido inaugura uma fase de novas possibilidades do tecnobrega, como forte promessa de consolidar espaço na cena pop do Norte e também de projeção nacional. A faixa traz a sonoridade sintética e vocais elétricos em ritmo genuinamente paraense e super dançante. A composição foi resultado da parceria da cantora com Maderito (Gang do Eletro).

"Eu fiz um brega doido só pra me distrair/ Dancei um brega doido só pra me divertir/ Cantei um brega só pra descontrair/ Quem ouve o brega doido não consegue resistir", diz a letra que reproduz a realidade do lazer da periferia paraense.

"O recado (de Brega Doido) é sobre a cultura e o comportamento na nossa periferia. As pessoas vão para o quintal ou a laje, colocam carretinha em frente à casa para reunir os amigos e beber. Essa estética acompanha o clipe da música. É o street view do Guamá", descreve a cantora referindo-se ao bairro de Belém em que residiu e onde aconteceram as filmagens. Para participar da gravação foram convidados os rappers paraenses Pelé do Manifesto, Bruna BG e Ana Suave, além da guitarrista Carol Couto e do DJ Clécio, marido e produtor de Keila. 

O visual gangstar pop do clipe reforça a atitude e a imposição das referências de Keila, que canta e dança com sensualidade tropical e amazônica.

Gravamos (o clipe) em uma casa que eu já morei. Foi tudo muito humanizado e verdadeiro, sem truque de corpo pra esconder celulite, tudo muito simples com a intenção de mostrar como a gente é de verdade, a parte real do tecnobrega, do cotidiano de como é produzido no 'home studio' improvisado e também de como é cantado e ouvido".

O clipe é um trabalho colaborativo da Chedieck Films e Studio, Caribé Filmes, Job Produções e Mar Pequena Produções. O vídeo será disponibilizado no canal oficial de Keila no Youtube.

Para a massificar o tecnobrega no Brasil 

"A minha ideia é ajudar a massificar o tecnobrega no Brasil de fato. Quero fazer com que as pessoas de outras periferias do Brasil olhem e produzam o tecnobrega. Apresentar para a nova geração que está conectando tudo, misturando os ritmos sem nenhuma restrição. É só dançar, ouvir e curtir", descreve Keila. Com dez faixas, Malaka tem previsão de lançamento para o mês que vem.

Viviane Batidão, rainha do tecnomelody paraense, tem participação especial na música "Vou Pisar", assim como a artista goiana Ouro, radicada em Londres, em "Moral da Quebrada", e Trap Funk & Alívio, da periferia de Salvador, em "Tumtum", sendo que os dois últimos também dividem a autoria das respectivas faixas. Outro compositor que colaborou com o disco foi Zé Paulo, com a faixa "Endoida".

"Todos os titmos estão linkados com o tecnobrega", explica a cantora e compositora sobre o novo disco. “Tem hip-hop com tecnobrega, funk carioca com tecnobrega, batidão romântico - estilo fortíssimo no nordeste - com tecnobrega, trap com tecnobrega... é ouvir pra crer e dançar”, ressalta.

Ainda, ela destaca o trabalho de produção de Felipe Pomar: "É uma pessoa que, como eu, é da periferia. Ele me incentivou a assumir algumas questões musicais de melodia e de postura. O medo me travava um pouco, mas ele foi um baita produtor, que me deu muita confiança pra trabalhar e ter em mente que tudo que eu tenho a dizer (e cantar) tem relevância”, diz.

A dança é um dos principais elementos de Malaka, já bastante explorada desde o single Brega Doido. “Sempre fui da dança. Costumo brincar que já saí dançando de dentro da barriga da minha mãe”, conta ela, que sempre foi encorajada pelos pais.

“Na minha adolescência, entrei pra grupos de hip-hop, me envolvi muito com aquilo, fui b-girl e após isso veio uma fase em que mergulhei na dança pop. Tempos depois, quando cantava na Gang do Eletro, veio o ‘Treme’ e eu percebi que tinha um potencial para trabalhar a dança das aparelhagens de uma forma diferente, que dava pra ser inventivo com aquilo”, conta.

“Comecei a misturar elementos da dança do tecnobrega com elementos do pop. Acabei criando meu estilo e evoluindo ao longo dos anos. Eu amo estudar danças populares e exercitar o aprendizado. Estou sempre pesquisando sobre o que tá rolando nas perifas do Brasil inteiro e sempre fico refletindo sobre como trazer um pouco de cada referência para o meu trabalho”, diz.

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