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Covid-19: Prejuízo no mercado da música pode chegar a quase R$ 500 milhões, diz pesquisa

Pandemia já afetou mais de 8 mil eventos e diversos setores do mercado da música no Brasil

Redação Integrada

Mais de 8 mil eventos foram cancelados ou adiados por conta da pandemia do novo coronavírus no Brasil, isso deve custar ao mercado da música no país um prejuízo de mais de R$ 483 milhões, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Data Sim nesta sexta-feira (3).

O instituto de pesquisa ouviu via internet 536 agentes culturais, desde empresas e microempreendedores individuais (MEI), entre os dias 17 e 23 de março. Uma das projeções da pesquisa mostra que o estrago causado pela covid-19 no mercado da música no Brasil, no entanto, deve ser muito maior.

Se os resultados das 285 MEIs representadas na pesquisa forem projetados para as cerca de 62 mil MEIs registradas no Ministério da Fazenda como empresas de Produção, Sonorização e Iluminação; o prejuízo estimado das “MEIs da Música ao Vivo” no país seria de R$ 3 bilhões, impactando cerca de 1 milhão de profissionais.

A pesquisa mostra ainda quais os fornecedores são os mais afetados pelo sumiço dos shows (30%), seguidos pelos freelancers (22,6%), prestadores de serviço terceirizados (18,1%) e colaboradores PJ (15,3%); a maioria é do estado de São Paulo (45,5%), seguido por Rio de Janeiro (11,7%) e Minas Gerais (9,7%). Os microempreendedores individuais correspondem a mais da metade (53,2%) das empresas pesquisadas pela Data Sim.

Uma das alternativas aos cancelamentos (77,4% dos casos) e adiamentos (81,2%), tem sido a disponibilização de conteúdos on-line, como as transmissões ao vivo. Mas de acordo com o Data Sim, "a monetização desses conteúdos é crucial e ainda é um ponto crítico do ecossistema da música".

“Esses números ajudam a pensar em ações concretas para o setor, composto por muitos interesses, a maioria sem uma representação ou associação de classe. É hora de pensarmos coletivamente para identificarmos interesses comuns e nos organizarmos, de maneira orgânica. Não há espaço para pensarmos que uma única iniciativa vai liderar esse processo de cima pra baixo. É hora de aproveitarmos as iniciativas que surgiram autonomamente em diversas partes do país para repensar toda a organização política do setor”, sugere Dani Ribas, diretora de pesquisas do DATA SIM.

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Música
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