Artistas unidos em prol de Rafael Lima

Músico luta contra um câncer e ganha apoio da classe para recuperação

Enize Vidigal
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A classe artística paraense está se mobilizando em solidariedade ao cantor e compositor Rafael Lima, que foi diagnosticado com câncer de intestino. Lia Sophia, Félix Robatto e Alcyr Guimarães, entre outros, gravaram depoimentos para a campanha de arrecadação de recursos ao tratamento de saúde do músico.

As doações estão sendo captadas na conta bancária de Rafael. Ainda, a filha de Rafael, Ju Abe, Nilson Chaves, Allan Carvalho, Lucinnha Bastos, Kim Freitas, Salomão Habib, Simone Almeida, Shayra Mana Josy, Paderodere do Guamá, Mini Paulo & Equilibrium e Mg Calibre, realizam um show no próximo dia 22, no Teatro Estação Gasômetro, a partir das 20 horas. A venda de ingressos será revertida para a campanha.

Rafael Lima é também uma das vozes mais ativas em defesa da cultura popular e da justiça social. Ele iniciou a carreira musical no Pará, no final dos anos 70, com a banda autoral Sol do Meio-Dia, que tocava rock e ritmos regionais.

Depois, em carreira solo, circulou pelo país com o projeto Pixinguinha, no início dos anos 80. Ele abandonou a carreira no Banco Central para dedicar-se à música. Chegou a se fixar em São Paulo e, depois, no Canadá e na Suíça, onde lançou os primeiros discos, "Arribadas" (1991) e "Apuí" (1996), considerados da "fase rural" do artista, com letras influenciadas pelo vocabulário de Dalcídio Jurandir e ritmos regionais.

Entre esses dois discos, Rafael Lima se apresentou com uma banda formada por músicos paraenses no famoso Festival de Montreux Jazz, na Suíça, em 1994, no qual a crítica o destacou, entre outros artistas brasileiros, como "o verdadeiro transmissor da cultura do seu povo e do seu país". 

Os álbuns seguintes inauguraram a nova fase do artista, a "urbana", com os álbuns "500 Years, so What?" (2000) - que no Brasil, ficou conhecido como 500 Danos, numa crítica às comemorações pelos 500 anos de descobrimento do país - e "Nômade" (2015), marcados pela linguagem cabocla e conteúdo crítico e político acirrado. Ele também lançou a coletânea "Bierhübelli - Rafael Lima & Band" (2000).

Já de volta ao Pará, Rafael Lima foi um dos artistas a se apresentar no projeto Terruá Pará, do Governo do estado do Pará, em São Paulo. E, em Belém, produziu e dirigiu o Jacofest, Festival Internacional de Jazz que trouxe artistas nacionais e internacionais, por três edições, nos anos de 2012, 2014 e 2017. Ele iniciou a gravação do sexto disco, com canções inéditas, chamado "Sinal Aberto", que promete ser o mais crítico de toda a carreira dele.

Rafael Lima não tem plano de saúde e depende do serviço público de saúde para fazer o tratamento. A meta inicial da campanha é arrecadar R$ 10 mil para a aquisição de medicamentos da quimioterapia. Os ingressos do show estão sendo vendidos a R$ 25 com vendas antecipadas pelos telefones (11) 98698-4443 e (91) 98235-4443 ou na data do espetáculo, na bilheteria do teatro.

Já as contribuições em dinheiro estão sendo recebidas pelo Banco do Brasil, Agência 3702-8, conta corrente 1817-1, em nome de Rafael Tadeu dos Santos Lima (CPF 043.949.762-00). Mais informações pelo telefone (91) 98309-3649.

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