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Adolescentes de projeto social representam o Pará em concurso de bandas

Disputa reúne conjuntos escolares do Norte e Nordeste

Ana Carolina Matos
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Adolescentes de um projeto musical de uma escola particular do bairro Parque Verde vão representar o Pará em uma competição de bandas escolares da região Norte e Nordeste do país. Cerca de 40 integrantes da Banda Diferencial Show viajam rumo a São Luís, no Maranhão, para conseguir levar o primeiro troféu de fora do Pará. A competição ocorre no próximo dia 30 de novembro, na capital maranhense.

Ao longo de quase nove anos, o grupo soma mais de 30 vitórias no Estado, em municípios como Santa Bárbara, Marituba e Santa Izabel. Coordenador da iniciativa, o professor Cláudio do Rosário explica que o projeto escolar atende gratuitamente adolescentes entre 13 e 17 anos, tanto da própria escola em que foi implantado como em bairros do entorno.

"A comunidade é muito carente em termos de projetos como esse, então nesse ano propomos acolher as comunidades do Benguí, Parque Verde e Mangueirão, por exemplo. Temos integrantes de Icoaraci e também ex-alunos da escola", explica.

Apesar de nenhuma taxa em dinheiro ser cobrada dos responsáveis dos participantes, Cláudio do Rosário ressalta que os pais ajudam o projeto com o que podem e a cobrança em cima dos alunos é feita sobre a frequência escolar e notas dos participantes.

"O que nós cobramos é a frequência na escola e boas notas. Para participar, tem que ter esse comprometimento na escola. Aqui não ensinamos apenas a tocar instrumentos, a gente ensina também o aluno a ter boas maneiras e responsabilidade também, que é o principal. Além disso, o projeto ajuda no desenvolvimento escolar deles", pontua.

A Banda Diferencial Show foi criada em 2010 pelo diretor da escola, Raimundo Jr. O idealizador da iniciativa explica que viu na música uma oportunidade dos jovens encontrarem lazer além da internet. "Eu observei que meus alunos estavam muito dispersos e envolvidos com muitas redes sociais, então nós tentamos pensar em uma maneira de mudar isso. Como eu já amava a parte de percussão e banda de escola, eu e o Cláudio fizemos essa aliança", relembra.

"Primeiro surgiu a percussão e depois fomos trabalhando a parte de melodia até que a banda foi crescendo até chegar nesse patamar de representar nosso Estado", acrescenta ele.

Integrante da banda há quatro anos, Gustavo Fernandes, de 17 anos, fala da satisfação de participar do grupo. "Eu gosto, me sinto bem de fazer parte. É uma distração pra mim. Além disso, é muito gratificante porque quando chega a época de concurso a gente vê que o esforço que a gente faz para estar aqui vale a pena. O sentimento de vitória não tem como explicar", comenta ele, que sabe tocar tarol, bumba e já pensa no próximo instrumento que quer aprender.

A mãe do adolescente não esconde o orgulho de ver o filho fazendo parte do projeto. "Ao meu ver é uma forma de ocupar esses jovens. De certa forma, eles aprendem a tocar um instrumento e aprendem uma profissão. É um modo de educar de forma responsável", opina ela, cuja a filha mais velha também fez parte do projeto.

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