Museu do Marajó será administrado pelo Estado por 36 meses

Órgãos definiram os itens do termo de comodato em reunião, em Cachoeira do Arari

Enize Vidigal
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Na terça-feira, 8, foram acordados os detalhes do Termo de Comodato por meio do qual o Governo do Estado do Pará vai assumir a administração do Museu do Marajó Padre Giovani Gallo pelo período de 36 meses. A gestão será realizada em parceria com a associação que leva o nome do museu, atual gestora do espaço, e também da prefeitura de Cacheira do Arari, município em que está localizado.

O museu foi fundado em 1987 pelo padre que dá nome ao local, mas está fechado desde dezembro de 2018 devido a problemas estruturais do prédio que ameaçam a preservação do acervo e dos visitantes do lugar. O acervo reúne objetos recolhidos de várias partes do território marajoara, com destaque ao material cerâmico e lítico (ferramentas de pedra) relacionados à ocupações indígenas anteriores à colonização portuguesa.

Os termos do acordo foram definidos em Cachoeira do Arari, em reunião da qual participaram representantes da associação, da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e Ministério Público do Estado. Porém, a data de assinatura do documento ainda não foi definida, pois depende da realização prévia do inventário do acervo do museu. A reunião ocorreu na Câmara Municipal.

"Essa discussão vem sendo feita há alguns meses. O museu foi fechado por questão de segurança, pois há possibilidade de incêndio da estrutura, conforme avaliou o Corpo de Bombeiros. Como a associação não tem condições financeiras de arcar com tudo o que é necessário para o museu ser reaberto, houve a proposta do governo do estado assumir por meio do termo de comodato", explica Daniela Ferreira, arqueóloga do Iphan.

Entre o acervo estão pedaços de cerâmica, urnas funerárias e machados de pedra. "O acervo é basicamente relacionado às ocupações indígenas antigas anteriores ao processo de colonização e relacionado a sítios de terra preta indígena, onde foram feitos sepultamentos. Esse material é da região, mas que a própria população foi encontrando e reunindo por iniciativa do padre Gallo", destaca. O acervo arqueológico é de proteção federal, conforme determina a Constituição. O museu também possui acervos etnográfico e educativo sobre a população do Marajó. "É um acervo bem diverso".

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