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Historiador lança livro com histórias dos romeiros de Moju

Elias Sacramento faz relatos da devoção à Virgem de Nazaré na caminhada que começou em 2013

Ana Carolina Matos
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Todos os anos, centenas de romeiros chegam a Belém no mês de outubro para render homenagens à Nossa Senhora de Nazaré durante o Círio. O movimento mobiliza pessoas de todo o estado do Pará que, a pé, chegam até a capital paraense com pés calejados e o corpo cansado, mas crentes de que a devoção à Padroeira da Amazônia é maior. Com o objetivo de entender e registrar essa iniciativa de fé e sacrifício, o historiador e professor mojuense Elias Diniz Sacramento lança nesta nesta quinta-feira, 10, o livro "Romeiros de Moju: devotos de Nossa Senhora de Nazaré" em Belém.

Na publicação, o autor faz um recorte de romeiros da cidade de Moju, no nordeste paraense, que se reúnem desde 2013 para partir em peregrinação três dias antes da grande procissão, em Belém, em um movimento que teve início após a cura de um mojuense, há sete anos. A iniciativa, que contou com cerca de 80 pessoas no primeiro ano, agora soma mais de 400 fiéis. No percurso, os romeiros percorrem aproximadamente 130 quilômetros pela estrada da Alça Viária e mais 25 quilômetros pela BR-316, por onde passam por Marituba e Ananindeua até chegar na capital paraense.

O livro reúne o relato de 60 romeiros que se organizam desde o início do ano para a peregrinação e foi escrito, também, a partir da vivência pessoal do autor. "Em 2017, como historiador e devoto, fiz o percurso com o grupo, aproximadamente 400 pessoas e pude observar esse momento de fé, devoção, alegria e emoção de cada participante", explica o autor. "É indescritível esse momento. Precisa estar lá pra ver realmente o que move cada romeiro, na noite escura, ou com o farol de algum carro que passa devagar. Ver centenas de pessoas caminhando rumo ao ‘encontro’ de Nossa Senhora de Nazaré me permitiu entrar na intimidade de alguns ‘romeiros’ e conversar com eles, procurar saber o motivo de estarem ali", acrescenta.

Para o professor, a grande procissão é um momento que une não só devotos, mas paraenses de diversas crenças e religiões em prol do amor ao próximo. "O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é um momento que contagia as pessoas, não só a devotos ou cristãos católicos, mas grande parte dos paraenses, que nesse momento se doam, participam e ajudam fazendo com que o amor se propague", pontua.

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