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Festival de Carimbó do Espaço Cultural Coisas de Negro volta após dez anos parado

A programação começa nesta sexta-feira (26) e vai até 7 de março com shows, palestras e oficinas

Bruna Lima
fonte

Dez anos depois, o Distrito de Icoaraci vai poder reviver novamente a 2ª edição do Festival de Carimbó do Espaço Cultural Coisas de Negro. A programação de multilinguagens começa nesta sexta-feira (26) e vai até 7 de março com shows, palestras e oficinas. O festival será on-line e ocorrerá de acordo com as medidas de proteção em combate ao novo coronavírus. O festival será transmitido pelo canal oficial do Espaço Cultural Coisas de Negro no Youtube.

De acordo com Bruna Suelen, que é produtora e uma das organizadoras do evento, esse longo intervalo entre a primeira edição e a segunda se dá pela falta de incentivo à cultura popular. Mas em esse ano, apesar das dificuldades que toda a classe artística vem enfrentando em decorrência da pandemia, foi possível retornar e ela espera que os patrocínios permaneçam nos próximos anos.

O festival foi contemplado com o edital de Festivais Integrados do governo do Estado pela lei Aldir Blanc e tem objetivo de fortalecer o desenvolvimento da produção cultural do carimbó no Distrito, oferecendo bate-papos e oficinas voltados tanto para os fazedores de cultura popular quanto para o público em geral.

Para Bruna, o evento é uma grande oportunidade para reunir a geração jovem com os mestres de carimbó e poder mostrar as singularidades do carimbó produzido pelo distrito. "O carimbó é uma manifestação cultural que é feita principalmente no interior, pois tem uma relação direta com a natureza e com a paisagem. E em Icoaraci, se faz o carimbó urbano que há diferenças na forma de tocar e entre outras singularidades que podem ser melhor explicadas pelos mestres", destacou a produtora.

Programação

O festival abrirá nesta sexta-feira (26) com o Webnário “Direito Patrimonial, Autoral e Imagem na Cultura Popular”, que será uma roda de conversa com Eliana Bogéa e Auda Piani, com mediação de Bruna Suelen. 

No sábado e domingo, 11 grupos de carimbó de Icoaraci vão se apresentar e mostrar suas singularidades para o público. Entre as apresentações estão o Mestre Lourival Igarapé e Nego Ray, além dos grupos: Os Falsos do Carimbó, Curimbó de Bolso, Os Caçulas da Vila, Carimbó Cobra Venenosa, Os Africanos de Icoaraci, Águia Negra, Regional Tarubá, Regional Jurupari, Carimbó de Icoaraci, Batucada Misteriosa, Íris da Selva e Borblue. As apresentações serão entre 18h às 21h, no final de semana.

Durante a semana, serão ministradas as oficinas: “Toques e Tambores”, com Mestre Nego Ray e “A Linguagem da Flauta de Barro no Carimbó de Icoaraci”, com o professor Sílvio Barbosa. Essas oficinas são voltadas para transmitir aos participantes as vivências e conhecimentos da cultura do carimbó, onde será permitida a interação do público no chat da página do Coisas de Negro no Youtube e com emissão de certificados. 

As inscrições podem ser feitas através de um formulário on-line. Nos últimos dias de festival também será criado um site de e-commerce onde os empreendedores do mercado do Carimbó poderão exibir e vender seus produtos, como instrumentos, como forma de fortalecer o trabalho local.

O festival será transmitido pelo canal oficial do Espaço Cultural Coisas de Negro no Youtube, de 26 de fevereiro a 07 de março de 2021, e a programação completa você confere aqui:

Link para informações do Festival: https://www.instagram.com/festivalcarimbodeicoaraci/

Link para inscrição nas oficinas: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfjPSwtM9mObqCtBxkWRKvQoNGiYMSda_nSCpyb4xGieTWx7Q/viewform

Iphan cria ação para movimentar dinheiro a mestres e mestras do Carimbó

Mestres e mestras do carimbó compõem a primeira comunidade a participar da campanha “Conectando Patrimônios: redes de artes e sabores”, lançada no Pará na última quarta-feira, 24 de fevereiro. Com objetivo de promover a movimentação de dinheiro aos artistas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e comunidades detentoras, promoveu a campanha, estimulando a venda de produtos relacionados a bens registrados em todo o Brasil, como curimbós, banjos, maracas e saias do carimbó, que estão disponíveis na página dos carimbozeiros

Com a pandemia do novo coronavírus, shows, apresentações e todo tipo de evento tiveram de ser adiados em todo o Brasil. Isto impactou o cotidiano de festas e rituais realizados por mestres e mestras de bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil. Neste cenário, essas comunidades buscaram alternativas para lidar com o isolamento social.

Com o objetivo de criar um espaço de visibilidade para detentores e suas respectivas manifestações culturais, a ação lançou o site que reúne coletivos de detentores de vários estados com os seus respectivos contatos de telefone e redes sociais. Quem se interessar, poderá entrar nas páginas virtuais dos coletivos e adquirir produtos desses grupos, como gêneros alimentícios e biojóias produzidas por indígenas do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (AM), bem como livretos de artistas da Literatura de Cordel (CE e DF). A compra, o pagamento e a entrega dos produtos são realizadas diretamente entre o detentor e o comprador.

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