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Feira do Livro é considerada histórica pela acessibilidade

O segundo dia da Feira Pan-Amazônica do Livro lotou mesmo em dia de Re-Pa

Redação Integrada

A 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes chegou ao segundo dia, neste domingo (25), e lotou mesmo sendo dia de clássico entre Remo e Paysandu. A programação ficou focada nas vozes dos homenageados do ano: o escritor João de Jesus Paes Loureiro e Zélia Amador. E durante toda a tarde os stands e as arenas permaneceram movimentados. Na terça-feira (26), as vozes em evidência são LGBTQIA+.

Neste ano, a feira é considerada histórica, pois pela primeira vez recebe um trabalho dedicado à acessibilidade auditiva e visual durante todos os dias de evento. Portanto, as pessoas que têm esse tipo de deficiência podem ter auxílio de voluntários intérpretes para transitar pelos espaços e aproveitar da melhor forma toda a programação. Os voluntários ficam disponíveis nas duas portas de entrada da feira.

Feira do Livro é considerada histórica pela acessibilidade

O incentivo ocorre por meio da dedicação de alguns projetos e da vontade de pessoas em tornar o espaço cada vez mais inclusivo. Um desses projetos é "Lamparina acesa, literatura acessível", que nasceu na Universidade Estadual do Estado (Uepa), em 2015. A professora e mestra Joana Martins, que é uma das coordenadoras do projeto, explica que cursos variados são disponibilizados para auxiliar pessoas com deficiência. 

image Joana Martins (Ivan Duarte / O Liberal)

"A gente traz esses voluntários para a feira com o intuito de dar acessibilidade para pessoas com deficiência visual. Portanto, o trabalho é de acompanhar o deficiente, de fazer a leitura de algum livro, falar sobre o ambiente e assim deixar a pessoa à vontade durante a visita", explica Joana Martins.

Outro serviço disponibilizado pelo projeto é de interprete de libras, onde os voluntários acompanham as pessoas com deficiência auditiva e também proporcionam um melhor aproveitamento do espaço. Léo Gouvêa, que é interprete de libras, auxiliou o professor universitário Lucival Silva, que aproveitou o domingo para comprar livros.

image Léo Gouvêa (Ivan Duarte / O Liberal)

Ao entrar no espaço, o professor logo encontrou um voluntário e pediu auxílio para visitar os stands. "Fiquei surpreso com esse trabalho de intérprete, pois nós precisamos desse auxílio. Imagina o quanto foi mais rápido e tranquilo para eu efetuar a compra desse livro. Se não tivesse esse auxílio, eu teria muitos entraves, pois a comunicação seria bem mais complicada. Por isso, é necessário contemplar a acessibilidade", disse o professor por meio do intérprete.

image Lucival Silva (Ivan Duarte / O Liberal)

O diretor de cultura da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Junior Soares, diz que o caminho das multivozes é justamente ampliar o caminho da inclusão como forma de proporcionar um espaço acessível a todos. "Esse serviço está desde a chegada até a participação dos debates em todas as arenas. É uma política pública de inclusão", destaca Junior Soares.

image Junior Soares (Ivan Duarte / O Liberal)
 
Com relação a movimentação do segundo dia ele completa que se sente satisfeito, pois só enxerga sorrido no rosto das pessoas e, diante disso, acredita que está tudo bem. Mesmo ainda no segundo dia de evento, ele garante que as vendas estão boas e as metas estão sendo cumpridas.

Para quem quiser aproveitar a programação da feira, na terça-feira, o espaço vai dar voz para o movimento LGBTQIA+ com palestras, debates que falam dessa representatividade e fecham o dia com o show da Liniker e os Caramelos, na arena externa.

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