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Economia criativa perde 458 mil postos de trabalho entre 2019 e 2020, revela pesquisa; confira

Perda que só não foi maior por conta de demanda na área de Tecnologia da Informação, que teve alta no período

Redação Integrada
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A economia criativa perdeu 458 mil postos de trabalho formais e informais entre o quarto trimestre de 2019 e o quarto de 2020, devido aos impactos da pandemia da Covid-19. Os dados são de uma pesquisa divulgada pelo Observatório Itaú Cultural, e revela que de outubro a dezembro de 2019, havia 7.137.912 indivíduos trabalhando no segmento. Nos mesmos três últimos meses do ano seguinte, o número havia caído para 6.679.994, uma retração de 6,4%. 

De acordo com o observatório, essa perda só não foi maior porque no último trimestre de 2020 houve um aumento próximo a 115 mil trabalhadores em Tecnologia da Informação, um crescimento de 24% em relação a igual período do ano anterior. Isso se explica devido às restrições de circulação trazidas pela pandemia, que aumentaram a demanda e deram relevância aos serviços e plataformas online adotados por segmentos diversos da população.

Com teatros, cinemas, museus, centros culturais e outros equipamentos operando em ritmo mais lento, os postos de trabalho na área da cultura (atividades artesanais, artes cênicas e artes visuais, cinema, música, fotografia, rádio e TV e museus e patrimônio) foram os mais afetados pela retração, com recuo de 18% no período analisado. No quarto trimestre de 2019 havia 773.962 postos de trabalho para profissionais de cultura no país. No final do quarto trimestre de 2020, o número havia baixado para 634.297.

Dos trabalhadores criativos especializados ligados à cultura, a queda maior foi nas ocupações de cinema, música, fotografia, rádio e TV, onde houve uma perda de mais de 95 mil postos de trabalho entre o final de 2019 e o final de 2020, representando uma taxa de queda de 30%.

A retração também foi acentuada no caso de trabalhadores de apoio à indústria criativa, caso, por exemplo, de um contador que presta serviços para empresas e pessoas físicas na área. A queda de postos, neste estrato, foi de quase 15%. No quarto trimestre de 2019 havia 2.540.624 trabalhadores atuando neste campo. No final de 2020, restaram 2.164.134. 

Entre os trabalhadores criativos incorporados por outros setores da economia (um designer que trabalha para uma indústria automobilística, por exemplo) a queda foi de 4,1%, ou cerca de 76 mil postos de trabalho. No 4º trimestre de 2019, eram 1.854.951 neste estrato. No 4º trimestre de 2020, o número retraiu para 1.778.690.

O impacto foi mais acentuado nas ocupações relacionadas ao cinema, música, fotografia e tv, publicidade e design, totalizando uma queda de 33%, 23% e 20%, respectivamente, em números absolutos, publicidade foi a categoria a apresentar a maior queda, com menos cerca de 145 mil postos de trabalho no período.

Altas

Mas nem todos os subgrupos analisados pelo Observatório Itaú Cultural sofreram retrações. Há também segmentos com saldos positivos em contratações, nas ocupações de trabalhadores criativos especializados. A lista é encabeçada pelos postos de trabalho abertos na área de Tecnologia da Informação, que, em números absolutos, representam cerca de 115 mil das 134,5 mil vagas abertas nesse recorte da economia criativa. Na sequência, o setor editorial abriu cerca de 23,8 mil postos de trabalho, arquitetura pouco mais de 14,8 mil e publicidade mais de 6,5 mil.

Entre os trabalhadores incorporados, ou seja, aqueles que são criativos, mas atuam em outros setores da economia, as categorias que tiveram um aumento nos postos de trabalho, mais uma vez, foram aquelas ligadas ao setor de arquitetura, editorial e, principalmente, de Tecnologia da Informação, que abriu mais de 98 mil postos de trabalho.

O Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural pode ser consultado em: itaucultural.org.br/observatorio/paineldedados.

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Cultura
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