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Oscar 2020: Críticos paraenses comentam sobre os candidatos a Melhor Ator

Este ano o grande favorito é Joaquin Phoenix, por sua interpretação em 'Coringa'

Enize Vidigal

A mais famosa premiação do cinema está chegando. A cerimônia do Oscar será no próximo domingo, 9, em Los Angeles. E, como todos os anos, O Liberal leva ao tapete vermelho os comentários de críticos paraenses sobre os indicados à premiação, sendo que, nesta segunda-feira, 3, o foco será nos indicados a Melhor Ator: Joaquin Phoenix por "Coringa", Antonio Banderas por "Dor e glória", Leonardo DiCaprio por "Era uma vez em... Hollywood", Adam Driver por "História de um casamento" e Jonathan Pryce por "Dois papas".

Já tendo arrebatado este ano os prêmios de Melhor Ator no Globo de Ouro (drama), Critics Choice Awards e SAG Awards, Phoenix é o favoritíssimo ao Oscar 2020. Ele também está indicado ao Bafta (assim como Di Caprio, Driver e Pryce), cuja cerimônia ocorreu no domingo, 2, antes do fechamento desta edição.

"Acho que este ano não tem pra ninguém. Vai dar Joaquin. Ele é forte no papel", declara o jornalista e crítico Ismaelino Pinto. Ele ressalta que Phoenix conseguiu criar uma atmosfera de dubiedade sobre o caráter do personagem, que já era consolidado publicamente como mau.

"Ele consegue convencer o público a se compadecer do personagem, que acaba se tornando maligno, abominável, após ter sofrido bullying, ter sido vítima de cortes no atendimento público de saúde, que o deixa sem os remédios para o tratamento psiquiátrico e como a sociedade lida com as pessoas que sofrem de transtornos psicológicos".

Esta é a quarta indicação de Phoenix, que nunca levou a estatueta pra casa: foi indicado a Melhor Ator em 2003 (O Mestre) e 2006 (Jhonny e June) e a Melhor Ator Coajuvante em 2001 (Gladiador).

"Este ano, a academia indicou atores que estão magistrais nos seus papeis, mas Joaquin Phoenix está um pouco mais adiante dos demais, está extraordinário. A atuação dele precisa ser registrada historicamente", diz Marco Antonio Moreira, da Associação de Críticos de Cinema do Pará.

"O papel do Coringa é o momento mágico para qualquer ator e não é qualquer ator que saberia fazer esse personagem. Tudo indica que será ele o vencedor. Se houver alguma surpresa, talvez seja Leonardo Di Caprio ou Antonio Banderas, mas acho difícil".

Dentre os candiatos deste ano, apenas Leonardo Di Caprio já levou o Oscar. Foi em 2016, pelo filme "O Regresso", apesar de várias indicações. "'Era uma vez em... Hollywood' é um bom filme com bons atores, mas sem nada excepcional, exceto a direção de arte. O papel não exalta o talento dele", avalia Ismaelino.

O ator vive um astro em crise. "O Di Caprio é incrível, mas ainda restrito a alguns tipos de papéis arquetípicos, que são típicos dos atores de personagens, mas de longe ele é a melhor coisa desse filme altamente esquecível do Tarantino", rechaça Lorenna Montenegro, jovem crítica paraense.

O candidato preferido dela é Adam Driver: "Na minha ordem de preferência, o Joaquin Phoenix fica em segundo lugar. A atuação do Adam Driver é mais detalhista, minimalista e mais corajosa porque é um filme de drama sobre separação e ele faz um personagem cria uma empatia grande com o público. Ele está trilhando esse caminho do cinema mais indie e alternativo, mas também de grandes projetos, como 'Star Wars'. Mas o Joaquin é um dos grandes atores da geração dele e está incrível no filme. Inclusive, acho que o filme inferior a ele. É um prêmio justo para ele". Este ano, Adam venceu como Melhor Ator na AACTA International Award.

Esta também é a primeira indicação de Jonathan Pryce e de Antonio Banderas: "Gosto mais do Antony Hopkins, mas o Pryce faz a gente acreditar que ele é o Papa Francisco. E o Banderas está bem (no papel), mas ele acaba fazendo ele mesmo no filme porque interpreta o Almodóvar para contar a história deles dois", destaca Ismaelino.

"O Pryce é o ator dos atores, muitos o admiram e querem trabalhar e aprender com ele. Ele interpreta bem o Papa Francisco, bem humorado e consegue trazer um tom trágico nas lembranças do passado. O trabalho do Antonio Banderas é o mais surpreendente dessa categoria, pra mim. Ele é o alter ego do Almodóvar, cheio de camadas e sutilezas, me surpreendeu muito. O trabalho dele é muito bom. ", acrescenta Lorenna.

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