Elenco do documentário 'Transamazônia' faz vaquinha virtual

Equipe precisa de dinheiro para passagem, hospedagem e alimentação para ficar em São Paulo

Bruna Lima
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Termina na próxima terça-feira, 12, a vaquinha virtual para arrecadar recursos para a ida do elenco do filme "Transamazônia" ir até São Paulo e participar da estreia do longa durante o Festival Mix Brasil. A direção é das paraenses Renata Taylor, Débora McDowell e Bea Morbach, que precisam de R$4.500 para as despesas de passagem, hospedagem e alimentação. 

Renata Taylor, que é atriz trans e uma das diretoras do longa, diz que está na reta final da arrecadação do dinheiro, uma vez que a viagem está marcada para a próxima quarta-feira (13). A preocupação da equipe é que, até o momento, não conseguiram o valor necessário para levar as protagonistas do filme até a capital paulista.

O filme foi contemplado pelo Programa Rumos, do Itaú Cultural e foi gravado entre 2017 e 2018 em cidades distintas da Rodovia Transamazônica. O longa é um misto de documentário e ficção. De acordo com as diretoras, trata-se de um projeto para que as experiências vividas pelas pessoas trans em território amazônico sejam difundidas e as violências históricas da região, demarcadas.

A trama conta fatos e dramas do cotidiano das personagens Melissa Gabriela, estudante de direito, mãe e artista independente, de 21 anos, que mora em Marabá, e de Marcelly Roberts, 35 anos, que está desempregada e mora com a família no interior do Amazonas, em Lábrea, onde tem se virado com alguns serviços de vendedora.

"Eu me sinto muito emocionada, pois somos hostilizadas a todo momento. Inclusive durante a gravação do filme. Em Marabá, por exemplo, quando estávamos gravando em uma feira, ouvimos diversas frases agressivas. Não é nada fácil viver e trabalhar diante de tanto preconceito", declara Renata Taylor.

O filme foi selecionado na Mostra Competitiva de Longas-Metragens e será exibido no dia 14 de novembro, às 15h, no Spcine Olido, e no dia 18, às 19h30, no Cinesesc. O título é o único do Norte-Nordeste na competição. As vozes e imagens geradas em “Transamazônia” se somam às narrativas políticas do cinema nacional, mas com o diferencial de abordar a questão do lugar e o fato de ambas viverem na maior floresta tropical do planeta.
A intenção da vaquinha é também de  proporcionar o encontro das personagens para que elas se conheçam e dialoguem com o público do festival. 

O Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade tem por objetivo o respeito e a livre expressão da diversidade sexual, buscando novas perspectivas para a compreensão da comunidade LGBTQ+, distintas de preconceitos, fomentando o respeito, promovendo a cidadania e combate a toda e qualquer forma de homofobia/transfobia.

Criado em 1993, tornou-se referência política e cultural nacionalmente e internacionalmente de questões relacionadas à cultura LGBTQ+ e de minorias. Com suas origens ligadas ao New York Gay and Lesbian Experimental Film Festival, o Festival Mix Brasil tornou-se o maior evento cultural dirigido ao público LGBTQ+ da América Latina, ficando entre um dos maiores do mundo no segmento. Quem quiser ajudar pode acessar o link  https://www.vakinha.com.br.

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