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Cinema brasileiro tem grandes filmes, mas perde no quesito "mercado", diz especialista

Filme de Cacá Diegues, O Grande Circo Místico foi o representante brasileiro na peneira mundial

Vito Gemaque
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O Brasil mais uma vez ficou de fora da disputa de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar neste ano. O filme "O Grande Circo Místico", de Cacá Diegues, nem chegou a aparecer nas listas de selecionados. Apesar de Cacá Diegues ser um cineasta reconhecido no Brasil e do longa ter atores consagrados como Bruna Lienzmeyer, Jesuíta Barbosa e Mariana Ximenes, o filme foi considerado fraco pela crítica nacional.

"O Brasil já foi indicado umas três vezes ao Melhor Filme Estrangeiro com Cidade de Deus, Quatrilho e Central do Brasil, que não ganharam. Acho que é uma questão de mercado e de concorrência", aponta. O crítico lista que nos últimos 20 anos a produção brasileira gerou muitos bons filmes e impulsionou grandes diretores como Cleber Mendonça Filho, por "Aquário" e "O Som ao Redor", ou Anna Muylaert que dirigiu "Que Horas Ela Volta?".

Ainda segundo ele, mesmo com a ausência de filmes brasileiros entre os indicados ao Oscar e de vencedores brasileiros, o cinema nacional deve ser respeitado por ter realizado obras de respeito nos últimos anos. "Para quem não acompanha o cinema brasileiro, a resposta que pode parecer é que o cinema brasileiro é ruim, mas para quem acompanha os brasileiros não é só uma questão de qualidade, é de mercado e concorrência. O cinema brasileiro sempre foi discriminado. O Oscar é uma questão de mercado", atesta Marco.

O Grande Circo Místico é dirigido por Cacá Diegues, que é admirador das obras literárias de Jorge de Lima. Em entrevista ao Estadão, ele disse que escolheu O Grande Circo Místico um pouco por causa do espetáculo com música de Chico Buarque e Edu Lobo. “O poema conta a história de uma família ao longo de 100 anos. Fulano e fulana casaram-se, tiveram tal filho, que conheceu não sei quem, tiveram um filho ou filha, que se casou com... E assim vai até o desfecho com as duas garotas no trapézio", declarou.

Com o roteirista George Moura, a grande dificuldade foi criar uma estrutura narrativa para preencher esse século. "Usamos a passagem do Cometa Halley pelo Brasil e criamos o 'meneur du jeu', o apresentador do circo, Celavie, interpretado por Jesuíta Barbosa".

No total, 87 países disputaram as cinco vagas - uma lista de nove pré-indicados pela Academia foi divulgada no começo do ano - ou seja, uma disputa em que nem sempre o que vale é o critério técnico. Os cinco definitivos foram anunciados em 22 de janeiro.

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