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'Fazemos parte dos invisíveis', diz Fafá de Belém sobre falta de patrocínio a artistas mais velhos

A artista, que completa 64 anos em agosto, reclama do desinteresse da publicidade em artistas idosos

Redação Integrada com informações de O Globo
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No próximo dia 9 de agosto, Fafá de Belém comemora a chegada dos 64 anos com um show na cidade de Fátima, em Portugal, que leva o nome da santa que inspirou o seu. Apesar do convite da produtora portuguesa, a artista paraense se diz incomodada com a falta de visibilidade que artistas idosos enfrentam.

"Eu não tenho 45 anos de história para ficar passando chapéu. Não vou ficar mendigando patrocínio", desabafou Fafá em uma entrevista ao jornal O Globo publicada nesta sexta (31), onde também falou sobre as dificuldades que teve em conseguir financiamento para suas lives, realizadas no Instagram durante a quarentena.

"Quase sempre, o pessoal de marketing das agências é muito jovem, com foco específico. E nós, artistas mais velhos, não fazemos parte desse universo. É como se não existíssemos", lamentou Fafá.

A artista também comemorou quando recebeu ofertas de patrocínio para seus shows on-line, que realizaria por conta própria, por meio de sua empresa de produção, a Kayapó. Fafá também disse que enxerga certa contradição no discurso de publicitários das empresas, sobre a postura que tomam em relação à artistas mais velhas. "Fazemos parte dos invisíveis", desabafou.

"Em um momento em que a gente fala de empoderamento feminino, que a mulher pode ter qualquer idade, você vê que isso não está no departamento de marketing das empresas. É uma balela. É o marketing do departamento de marketing para se inserir no contexto. Na prática, não acontece", lamentou.

Sobre a passagem do tempo, Fafá aproveitou para falar que nunca teve problemas com autoestima por conta do envelhecimento. Também destacou que a vida amorosa segue agitada.

"Nunca tive tempo de ter crise por estar ficando mais velha. Sempre estive trabalhando muito. Então na minha vida, bicho, nem quando eu era adolescente gostava de sair em grupo para o barzinho para dar mole. Mas eu sempre batalhei pelas minhas paixões. (...) Minha vida sempre foi muito solta. Namorados fixos, eu tive pouquíssimos. Mas nunca deixei de beijar muito. E a tia continua no jogo", brincou.

Sobre empoderamento, Fafá defendeu que as mulheres "podem tudo"; mas que em seu caso, prefere seguir a linha de fazer "seus próprios movimentos", após ser julgada por seus posicionamentos.

"Não dá para você se enquadrar porque 'agora eu não posso mais isso, tenho mais de 40 anos', isso é ridículo. Se respeitando, a gente pode tudo! Mas acho que a bandeira da liberdade aqui no Brasil é submetida a julgamento de pessoas que vão te permitir ou não entrar no rol dos livres e dos libertos. E eu não tenho paciência para isso", explicou.

 

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