Lucas Chumbo avalia passagem pelo reality e diz que 'o mar é muito mais fácil de lidar'

Indicado pela casa, o esportista foi o primeiro eliminado do programa global

Redação Integrada, com informações da TV Globo

Intenso. Para o surfista de ondas gigantes Lucas Chumbo, o primeiro eliminado do ‘Big Brother Brasil 20’, nenhuma outra palavra descreve o reality tão bem. Indicado pela casa, Chumbo não conseguiu se livrar do paredão na prova “Bate e Volta”, disputada com Pyong Lee.

Ele enfrentou a votação popular ao lado de Bianca Andrade e deixou a competição com 75,54% dos votos. Mas aproveitou cada momento. Entre uma “big onda” e um ‘Big Brother’, diz que o mar é muito mais fácil de lidar, mas nem por isso deixou suas gargalhadas e seu jeito “easy going” de lado durante o confinamento: “Eu me senti a criança da casa, o cara mais alegre, mais brincalhão e mais cheio de energia. Pode até ter sido um pouquinho demais, mas esse sou eu”.

Confira a entrevista do surfista após a eliminação

Como foi o seu período no BBB?

Quando eu cheguei à casa, pensei em ir jogando devagarzinho, entendendo o jogo aos poucos. Mas é tudo muito mais difícil do que eu imaginava. Eu acho que eu estava meio nu e cru lá dentro. Não estava esperando participantes tão estratégicos e tão prontos para o jogo. Foi uma experiência muito intensa. As amizades que fazemos são muito intensas, qualquer briga pode virar uma bomba... São muitas pessoas diferentes que se conectam e tentam criar uma relação nova, mesmo sabendo que qualquer coisa pode virar uma bomba-relógio: pode ser muito bom ou muito ruim. É uma vivência intensa e um jogo muito psicológico.

O que é mais fácil de encarar: uma “big onda” ou a onda do ‘Big Brother Brasil’?

Uma “big onda” (risos)! Eu já domino, é o meu mundo e sei como vivê-la. Já o BBB é muito diferente da minha rotina. É um jogo que mexe muito com a gente, cheio de altos e baixos. Vivi experiências incríveis desde o confinamento no hotel, antes de entrar na casa, até o momento em que saí do reality.

O que mais te surpreendeu na casa?

A galera. A energia, a troca. Todo mundo estava se gostando muito. Eu me senti a criança da casa, o cara mais alegre, mais brincalhão e mais cheio de energia. Pode até ter sido um pouquinho demais, mas esse sou eu. Eu sou muito intenso, o meu esporte é assim também, as ondas que eu pego são gigantescas... E eu trago isso para a minha vida.

Qual foi seu momento preferido nesses dias?

Tiveram muitos momentos bons. A festa foi incrível, a interação da galera e a relação de um com o outro era incrível. O ‘Big Brother Brasil’ foi, para mim, um aprendizado para o resto da vida porque eu consegui me controlar muitas vezes quando eu poderia ter explodido. E eu também nunca tinha ficado tanto tempo preso. Foi muito bom jogar com o meu psicológico e viver tudo isso, agora, na minha vida.

Teve algum momento mais difícil para você?

Com certeza foi ficar dentro daquele abacaxi do monstro. De zero a dez, ele era 35 de tão desconfortável para mim (risos)! Pegar um cara hiperativo, colocar dentro de um abacaxi e falar “você está preso com ele e ainda tem um filhinho na mão”... Foi realmente muito difícil para mim. Eu venho de um mundo de ondas gigantes, eu gosto de espaço, de coisas grandes, de correr, brincar, pular. E aquele abacaxi me limitava muito.

Então você acha que o castigo te desestabilizou de alguma forma?

Ele não me desestabilizou, mas me mostrou o jogo, a estratégia das pessoas. Eu não esperava receber um abacaxi da Mari, não mesmo. Como a gente era do mesmo time, ela achou que eu fosse ficar feliz, mas foi muito difícil para mim. Foi como me dar uma jaulinha ainda menor, um dos meus castigos mais difíceis. Eu me sentia preso, desconfortável, incomodado. O melhor momento do dia com o abacaxi era quando eu estava tomando banho fora dele (risos)!

E por que você acha que deixou o jogo logo na primeira semana?

Eu saí na primeira semana porque foi da vontade de Deus. Eu não sabia como seria o jogo, mas eu tinha que me entregar, tinha que ser eu mesmo. Se não fosse, eu não iria gostar do que estava fazendo ali. Por isso, desde o início, eu mostrei para todo mundo quem eu era da forma mais pura possível. Criei boas relações lá dentro e vivi muito bem na casa, mas já estava sentindo muita falta da minha liberdade, de comprar uma passagem e ir surfar em outro lugar do mundo. Assim é a minha vida: livre para buscar as maiores e melhores ondas do mundo. E lá dentro eu estava com gente muito diferente de mim, pessoas que eram muito incríveis. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia falta dessa liberdade, do meu silêncio, do meu sossego de entrar no mar e relaxar. Esse paredão foi perfeito. Se eu voltasse dele, ficaria muito forte no jogo; se eu fosse embora, poderia continuar trilhando a minha trajetória no surfe.

Olhando para trás, você faria algo diferente?

Eu tentaria, no início, não estar com tanta energia. Eu acho que essa energia me levou a ser um pouco imaturo em alguns momentos que eu poderia estar mais tranquilo e focado no jogo, ao invés de só estar me divertindo sempre.

Você planejou alguma estratégia antes de entrar jogo?

Não planejei nada antes. Eu tinha acabado de chegar de um campeonato de ondas gigantes, estava com a cabeça a mil e queria pensar em todas as ondas que eu tinha surfado.

E depois que entrou na casa?

Quando eu entrei, fui vivendo aquele jogo do jeito que eu melhor entendia: querendo primeiramente conhecer todo mundo e analisar o game para, depois, jogar melhor.

Você ficou muito próximo do Petrix, ouviu o que ele planejava fazer na formação de paredão. Se arrepende de ter entrado no jogo dele?

O BBB é um jogo e é muito difícil. A gente entra em um mundo paralelo, cria conexões uns com os outros que acabam virando times. Senti que todo mundo estava conectado na casa. Mas o Pyong acabou atrapalhando a gente em alguns momentos, como na prova de resistência. Perguntando como a gente estava, o tempo todo, ele acabou mexendo muito com o emocional das pessoas. No meu mundo, eu não recebo isso de ninguém. É sempre “vamos que vamos, você está pronto, você está vivo”. Eu já estava sentindo muita dor e estava muito vulnerável na prova, e isso acabou mexendo comigo. E não só comigo. Parecia que ele sabia muito, era muito estratégico, mas acabava se embolando na própria experiência ali de dentro. Também ficamos muito tristes quando ele fez todo mundo perder estalecas. Estava muito difícil votar em alguém, era muito amor entre todos, então essas coisas fizeram diferença para mim.

Como você enxergou a divisão Pipoca x Camarote dentro da casa?

Eu vi que essa divisão criou uma intriga lá dentro. A Pipoca tinha um certo medo do Camarote. Eles ficaram preocupados com os nossos seguidores e isso desestabilizou muita gente. Mas ao mesmo tempo o ‘Big Brother Brasil’ é muito maior que isso, vale o que o público quer. Não tem como a gente saber, lá de dentro, como vai ser. Acho que esse paredão foi bom para as pessoas verem que o jogo vai andar, vai fluir.

Você tem um hábito inusitado de latir para espantar o medo. Alguma situação na casa te deixou com medo e, por isso, você latiu algumas vezes ou foi só de brincadeira mesmo?

O latir, para mim, é uma descompressão. Eu trouxe isso do mundo do surfe: quando estou na água, vejo uma onda muito grande e fico muito tenso eu dou uma latida, só para relaxar. É uma válvula de escape que funcionou na casa também. Todo mundo que me conhece sabe que eu tenho essas brincadeiras. Não sabia que elas iam ficar tão agudas no confinamento, mas realmente na hora que a energia batia lá no topo eu tinha que latir para ver se ela saía. Acho que é um dom que eu tenho (risos).

Nesse período em que esteve no programa deu para fazer amizades?

Eu gosto de todo mundo da casa, todos foram especiais de alguma maneira. Com certeza vou levar para minha vida amigos como o Babu, que foi um pai para mim lá dentro. Eu me sentia muito feliz e em família com ele, e com o Petrix também. Eu e o “PX” nos demos muito bem pelo histórico do esporte em comum, trocamos o mesmo tipo de ideia. Mas vejo todos da casa como amigos aqui fora. Quero encontrar todo mundo para a gente curtir um pouco e falar sem estar ao vivo (risos).

Quem você acha que está mais forte no jogo?

Mais forte é difícil de falar. Vejo que todo mundo está jogando muito bem, que tem muitas pessoas preparadas. O Petrix, para mim, é o cara mais forte mentalmente no jogo, o mais ponderado, mais tranquilo e mais comedido. E, ao mesmo tempo, o mais estratégico. Por ser um cara carinhoso, brincalhão, sempre trazendo muito amor para casa, ele conquistou todo mundo. Acho que o jogo dele está muito bem montado.

E para quem você está torcendo?

Para o Babu e para o Petrix. Mas gosto de todos!

Agora, fora da casa, quais são os seus planos?

Eu preciso entrar no mar e surfar. No momento não tem onda no Brasil, então vai ser difícil me conter aqui. Eu preciso voltar para o meu mundo um pouquinho. Estou necessitado do surfe e de viver a liberdade que eu vivo dentro do mar todos os dias. Agora é foco total nas minhas competições.

Se você pudesse resumir em uma palavra a experiência do ‘Big Brother Brasil 20’, qual palavra seria?

Intenso.

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