Depressão x pandemia Zildinha Sequeira 06.06.21 8h29 Durante a pandemia, como era de se esperar, houve um aumento considerável nos índices de ansiedade, depressão e estresse, no mundo inteiro. No Brasil a situação ficou ainda mais grave: segundo estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de janeiro (UEFJ), os casos de depressão aumentaram 90% e o número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo praticamente dobrou. As consequências disso foram também o aumento de separações, de suicídios, de brigas e de desarmonia familiar. Mesmo antes da pandemia, ao longo das últimas décadas, os estudos sobre a depressão se intensificaram em razão da prevalência e incidência desse transtorno, que é considerado o problema de saúde mais incapacitante do mundo e que por isso passou a ser conhecido como o mal do século. Com a pandemia tivemos que lidar com mudanças bruscas nas nossas rotinas; com o risco de contaminação; com o medo de contaminar nossa família e outras pessoas; com o desemprego; com as desigualdades sociais e com tantas perdas de familiares e amigos (mais de 463.000 óbitos). Muito difícil não ter a saúde mental comprometida! As pessoas estão acostumadas a lidar com as dores físicas, mas ainda têm muita dificuldade em entender o curso dos transtornos emocionais. Então, para que você entenda, estar triste não é a mesma coisa que estar deprimida. A tristeza não é uma doença, é um estado emocional transitório (você sabe o motivo) e desaparece naturalmente com o tempo e com a ajuda de circunstâncias favoráveis da vida. Já a depressão é uma doença que afeta o bem estar e a felicidade das pessoas; reduz sua capacidade de trabalho e produtividade; compromete o corpo, o humor e o pensamento. Mais que isso: rouba o interesse por tudo que antes lhe proporcionava prazer; provoca alteração no apetite e no sono; diminui a libido; provoca um desânimo profundo, cansaço e irritação; desperta sentimentos depreciativos, incapacidade de fazer escolhas e uma tristeza profunda inexplicável. A sensação vivida pelo deprimido é de vazio, parece que caminha em direção ao nada. “Fica sem alma e sente-se inteiramente só”“, e quando deixa de acreditar na perspectiva de melhoras, passa a ver na morte a solução para as suas dores e problemas e, nos casos mais graves, muitas pessoas tentam o suicídio. Embora a depressão seja a doença mais diagnosticada no mundo, ainda é muito difícil para o próprio doente, familiares e amigos entenderem o curso da doença e tudo fica mais difícil, quando a depressão acomete um dos pais - quando é a mãe que está deprimida, a situação tende a ser um pouco pior (especialmente se os filhos forem pequenos), pois como historicamente as mulheres assumem mais o papel de cuidadoras, a situação do funcionamento familiar tende a se complicar mais ainda. Com ou sem pandemia, além de muita compreensão e ajuda dos familiares e amigos, o deprimido preciso de tratamento médico e psicológico e, quanto mais cedo se buscar ajuda especializado, maiores serão os prognósticos de melhora. Incluir a família no atendimento é essencial e não podemos esquecer-nos dos filhos, que também precisam ser orientados, amparados e cuidados. Tenha fé, se proteja e se puder fique em casa. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas Zildinha Sequeira COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Zildinha Sequeira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! Últimas de Zeno Veloso Troppo Pacto pela vida 19.04.24 10h23 Zildinha Sequeira Ai de mim, se não fosse eu! 19.04.24 10h23 Zildinha Sequeira Eu ando muito esquecida 19.04.24 10h23 Zildinha Sequeira Anvisa lá que eu vou! 19.04.24 10h23