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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Prefeito eleito, Edmilson Rodrigues inicia preparação de sua gestão, que deverá ter grandes desafios

Rodolfo Marques

Após vencer as eleições para a Prefeitura de Belém-PA, nos dois turnos do pleito de 2020, Edmilson Rodrigues, do PSOL, tem este mês de dezembro para planejar sua gestão, que se inicia em 01 de janeiro de 2021. Será um mandato com muitos desafios, por uma série de peculiaridades que compõem o atual cenário da capital paraense. 

Em primeiro lugar, há o desafio político: o prefeito eleito terá a chancela de montar um gabinete que contemple os seus apoiadores, principalmente, nos grupos de esquerda, mesclando nomeações técnicas e políticas e buscando-se nomes importantes para funções-chave dentro de seu governo. 

Nesse mesmo contexto, Edmilson precisa pensar na composição de uma base de apoio na Câmara Municipal para a aprovação dos principais projetos do Executivo. Dos 35 vereadores que vão compor o Legislativo Municipal a partir de 2021, há 21 partidos representados (pulverização de pensamentos, em tese) e uma renovação de pouco mais de 50% entre os edis (18, ao todo). 

Ainda na discussão política, há a questão da transição do governo atual, liderado pelo prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) para Edmilson. Foi aberto um canal de diálogo entre ambos, desde a confirmação do resultado eleitoral, embora ambos representem grupos políticos diferentes. No contexto do pacto federativo, Edmilson reuniu com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), na quinta-feira (03.12.2020). Em pauta, com um caráter de ação mais imediata, foram discutidos um conjunto de ações integradas para o combate à Covid-19, a diminuição dos prejuízos em relação aos alagamentos comuns neste período e possíveis soluções para a mobilidade urbana na região metropolitana de Belém. 

No segundo ponto, há a questão da gestão em si – com o estabelecimento de prioridades: Belém tem um orçamento “estrangulado” e com problemas muito urgentes em serem resolvidos. Além da saúde pública e da mobilidade urbana, já citadas, há as questões da segurança, saneamento básico, da coleta do lixo, da sustentabilidade ambiental e da educação básica. Belém vem enfrentando índices dramáticos em todos esses quesitos e o prefeito eleito terá que buscar um plano de ação rápido para mitigar parte dos efeitos previstos. 

E no terceiro e último aspecto – o da comunicação política –, o prefeito eleito terá de lidar com um cenário de polarização – os números finais do pleito foram muito próximos entre ele e o candidato derrotado, o delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota). Edmilson terá que mostrar que a sua gestão será para todos os que moram em Belém – e não apenas para seus eleitores. Além disso, ele precisará buscar uma conexão clara com a população, principalmente com as ações emergenciais os projetos “Bora Belém” (redução de desemprego) e “Renda Mínima” (enfrentamento à pobreza e apoio às famílias mais carentes), promessas feitas durante a campanha.

Assim, para governar uma cidade com 1,5 milhão e meio de habitantes, Edmilson Rodrigues terá que usar de toda a sua experiência em cargos públicos (como prefeito, deputado estadual e deputado federal) e um arco importante de alianças políticas para atender aos anseios de um povo sofrido e sedento por mudanças estruturais. 

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