RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, completa 100 dias de mandato com avanços e dificuldades

Rodolfo Marques

Edmilson Rodrigues (PSol-PA) completou 100 dias como prefeito de Belém na segunda semana de abril de 2021. É o seu terceiro mandato como chefe do Executivo Municipal da capital paraense, após ocupar o cargo em dois quadriênios – 1997-2000 e 2001-2004, quando ainda era filiado ao PT. Edmilson venceu o pleito em 2020 em uma disputa muito acirrada no segundo turno, contra o delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota).

Um dos carros-chefes da campanha eleitoral vitoriosa foi a implantação do programa “Bora Belém”, ação de transferência de renda para populações mais vulneráveis. O prefeito conseguiu a aprovação do projeto em tempo recorde na Câmara dos Vereadores e os valores já estão sendo repassados, de forma escalonada, a diferentes estratos sociais. As mães “solo” ocupam o grupo prioritário. A parceria financeira e logística com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), tem sido importante na execução do projeto. Aliás, as negociações políticas com o Legislativo Municipal e com o governo estadual emergem como uma marca positiva neste primeiro momento da administração de Belém. 

O segundo aspecto apontado – talvez em um nível igual ou maior de relevância – é a questão do processo de vacinação contra a Covid-19. Belém tem procurado se adiantar em relação a atender os grupos de risco, principalmente as pessoas com faixa etária mais avançada. Todavia, há o problema da pouca quantidade de vacinas compradas pelo governo federal – e repassadas a estados e municípios. Belém sofre com poucas vacinas, com o desrespeito às normas de distanciamento social e com um sistema de saúde colapsado nas redes particular e pública. O cenário se mostra muito preocupante. 

A gestão municipal lida, também, com a questão das chuvas que são mais frequentes e fortes no primeiro semestre. A limpeza de canais e as campanhas educativas para evitar o despejo de lixo nas ruas são dois processos importantes feitos pela Secretaria Municipal de Saneamento (SESAN), como formas de diminuir os problemas comuns a esse período. Entretanto, Belém ainda convive com alagamentos – embora em menor escala – e com riscos iminentes para as populações que moram nas baixadas.

Ao mesmo tempo, a questão orçamentária também se mostra como mais um limitador de ações. Com recursos restritos e estrangulados por outras demandas – como o pagamento de pessoal e os passivos históricos –, Edmilson precisará ter criatividade em buscar outras fontes de recursos e alternativas para quitar dívidas, para poder investir em setores essenciais como a já citada saúde e a educação. 

Passados 100 dias, enquanto conseguiu avançar em pontos como a questão social e o saneamento básico, os desafios econômicos se impõem e exigirão do prefeito ainda mais articulação política e, eventualmente, decisões radicais. São muitas as cobranças e a margem de manobras para melhorias é estreita. No entanto, Edmilson precisará buscar saídas para retomar o caminho de desenvolvimento da outrora conhecida “Metrópole da Amazônia”.

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