Pleito municipal 2020: eleitor tende a ser assertivo em suas opiniões e decisões políticas Rodolfo Marques 27.11.20 18h00 Neste domingo (29), acontece o segundo turno das eleições municipais para o cargo de Prefeito, em 18 capitais de estados brasileiros e em outras 39 cidades com mais de 200 mil eleitores, nos casos em que nenhum candidato obteve mais de 50% dos votos válidos para a finalização do pleito ainda no dia 15 de novembro. Dentre as capitais, os pleitos mais equilibrados tendem a ocorrer em três regiões diferentes do país. No sudeste do Brasil, o atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), tem alguma vantagem sobre Guilherme Boulos (Psol), mas essa diferença de preferências vem diminuindo de acordo com as últimas pesquisas divulgadas. A eleição se acirrou a partir de apoio maciço concedido por lideranças de esquerda a Guilherme Boulos e pela dificuldade de Bruno Covas em lidar com críticas a seu candidato a vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e a seu “padrinho político”, o governador de São Paulo, João Dória Júnior (PSDB). No nordeste brasileiro, há uma eleição muito equilibrada entre os primos de segundo grau, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), no Recife-PE. A disputa na capital pernambucana se acirrou não apenas pelos números muito parelhos nas pesquisas, mas também pela briga de ambos por apoios políticos nacionais e pelas denúncias mútuas entre os adversários, principalmente através das plataformas digitais. E, no Norte, a capital do Pará, Belém, sedia uma querela entre o deputado federal Edmílson Rodrigues (PSol) e o delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota). Os candidatos aparecem tecnicamente empatados nas principais sondagens de intenção de voto. A competição em Belém está muito ligada à imagem pública dos candidatos junto ao seu eleitorado – assim como as bandeiras ideológicas antagônicas que eles defendem, mais à esquerda ou mais à direita. A polarização na capital paraense se consolidou em 2020, ainda como um reflexo do pleito presidencial de 2018. E o eleitor? Será necessário acompanhar o movimento dos votantes no quesito abstenções, assim como sobre os votos não-válidos (brancos e nulos). Estes indicam, prioritariamente, uma rejeição aos candidatos em questão e mesmo ao processo e/ou ao sistema político-eleitoral do Brasil. Sobre a ausência de comparecimento às urnas, esse movimento pode estar ligado a uma perspectiva multifatorial, como o descrédito pelos políticos e/ou o medo do novo coronavírus. A escolha por um dos candidatos também pode ser a negação de seu opositor, já que o segundo turno traz esse tipo de reflexão e de postura política. Assim, em uma eleição com mais dúvidas do que certezas, envolta na crise da pandemia de Covid-19, o eleitor continua soberano em suas escolhas e nos “recados” que repassa para os candidatos, partidos e coligações. E que o pleito de 2020 represente uma retomada no fortalecimento das liberdades democráticas e na ampliação da politização da sociedade brasileira e das suas escolhas eleitorais. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques política eleições 2020 COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09