RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Pará adota medidas restritivas no enfrentamento da pandemia, que chega ao seu pior momento no Brasil

Rodolfo Marques

Na terça-feira (02.03.2021), o governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou aampliação das medidas restritivas para conter o avanço da pandemia de Covid-19 no estado. Ladeado por alguns prefeitos e de políticos aliados, Helder assumiu a situação
caótica em que o estado se encontra e reiterou a combinação necessária para que os índices fiquem menos dramáticos no Pará: distanciamento social e uso de máscaras, no contexto do comportamento das pessoas; e ampliação do atendimento de UTI’s e a
compra de vacinas, no cenário das ações governamentais.

O Brasil chegou, no início de março, ao pior momento da pandemia em sua segunda onda. Há uma média móvel diária superior a 1.700 óbitos, e as mortes têm beirado o quantitativo de 2.000 todos os dias, com algumas unidades federativas em estado muito crítico, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal. O Brasil já superou a marca de 260 mil mortes e tem quase 11 milhões de casos.

O país continua muito mal no quesito vacinas: menos de 8 milhões de brasileiros receberam uma ou duas doses do imunizante. O Brasil não se preparou para a reserva de vacinas junto aos laboratórios internacionais e não priorizou a montagem de um Plano Nacional de Imunização – forjando mais um capítulo da desastrosa gestão do Ministério da Saúde no enfrentamento à Covid-19. Aliás, nos bastidores da pasta ministerial, comenta-se que há uma perspectiva de que o Brasil enfrente, em março, uma espécie de “tempestade perfeita”, com cerca de 3.000 óbitos por dia. Essa conjugação de fatores estaria na expansão do vírus no território nacional, com as aglomerações dos últimos feriados; as limitações de parte da população de viver no distanciamento social; as novas variantes da doença; e a falta de vacinas e de leitos na rede hospitalar do país.

A despeito de alguns esforços de governadores e prefeitos, o caos que leva o Brasil a uma ameaça global está ligada, principalmente, ao negacionismo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido/RJ), juntamente a fatos derivados
– e gerados por ele –, como a falta de incentivo ao uso de máscaras, a propaganda de remédios sem a eficácia comprovada (como a hidroxicloroquina e a cloroquina) e a politização extrema dos processos, já que a reeleição em 2022 parece ser o único
aspecto que mobiliza o chefe de Estado do Brasil.

Enquanto o país agoniza e (se) sufoca, as esperanças restantes estão na ação de estados e municípios na aplicação de vacinas e nas medidas restritivas.

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Rodolfo Marques
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