RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Mundo celebra início de vacinação contra Covid-19, Brasil anda devagar e Helder busca se antecipar

Rodolfo Marques

Esta terça-feira (8) é um dia histórico na mobilização mundial de combate à Covid-19. O Reino Unido promove o início da imunização contra a doença, a partir do uso das primeiras doses da vacina da Pfizer/BioNTech, com a definição de vários critérios de prioridade. Os primeiros grupos a receberem o imunizante, na comunidade britânica, são os maiores de 80 anos, profissionais de “linha de frente” da área da saúde e moradores de casas de repouso. O governo do Reino Unido definiu um conjunto de processos para agilizar a vacinação em massa no território britânico. A mesma vacina já está em fase de exportação para outros países.

Em termos nacionais, o Brasil continua em meio a conflitos políticos em pautas da saúde, principalmente entre o governo federal e o governador de São Paulo, João Dória Júnior/PSDB. O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, insistem em um Plano Nacional de Imunização, a partir das vacinas de Oxford/AstraZeneca. Até aí, não há problema em se pensar em algo mais integrado – mas a questão é que existe uma corrida contra o tempo. Tal plano nacional só seria executado entre os meses de fevereiro e março de 2021. Com o país próximo da marca de 180 mil mortes – e vivendo uma segunda onda de contaminações –, qualquer dia perdido no combate à doença traz e trará prejuízos. O ministro ainda insistiu, em declaração pública, que o Brasil só comprará vacinas sob demanda – o que é absolutamente preocupante.

No contexto dos estados, o governador de São Paulo anunciou o plano de imunização a partir de 25 de janeiro de 2021, com a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa SinoVac. A vacina está na terceira fase de testes, até chegar ao momento de comprovação de eficácia pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há um choque desses calendários entre Bolsonaro e João Dória, com conotação eleitoral.

No contexto do pacto federativo, vários governadores já entraram em contato para obter doses de vacinas para os seus respectivos estados. Alguns chefes de executivo estaduais questionam o protagonismo e uma certa arrogância do governador paulista nessa “corrida pela vacina e pela vida”, assim como colocam em evidência os atrasos do governo federal.

No caso do Pará, o governador Helder Barbalho (MDB) ressaltou que está avaliando o Plano Nacional de Imunização, ao mesmo tempo em que sinaliza um movimento para um protocolo de intenções com o Instituto Butantan para a aquisição da CoronaVac. O raciocínio do governador do Pará é trabalhar nos dois caminhos de imunização, buscando agilidade e proatividade no enfrentamento à doença.

Assim, no contexto da “batalha da vacina”, com um debate altamente contaminado por uma coloração político-eleitoral, a sociedade espera ações organizadas que priorizem a coletividade e a vitória, mesmo que tardia, contra a pandemia de Covid-19.

É a notícia que todos queremos ler, ver e ouvir em 2021.

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