RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Governo Federal continua praticamente paralisado na gestão dos principais problemas nacionais

Rodolfo Marques

As turbulências políticas continuam pautando a gestão de Jair Bolsonaro (sem partido-RJ), à frente da presidência da República desde janeiro de 2019. Bolsonaro e alguns de auxiliares mais próximos, diante da inabilidade de conduzir alguns processos, flertam de maneira direta – e cada vez mais perigosa – com atitudes autoritárias e desrespeitosas.

Nas discussões sobre o chamado orçamento impositivo, dentro do Congresso Nacional, a falta de articulação política vem aparecendo de maneira mais efetiva. Sem saber como lidar com algumas pressões do Poder Legislativo, o general Augusto Heleno, titular do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), demonstrou descompostura ao citar os parlamentares e indicou que o governo federal continuará sem negociar com o Congresso – algo, aliás, que foi uma “bandeira” de campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018. Na ausência de um Poder Executivo mais efetivo, os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vêm ganhando cada vez mais protagonismo político. 

Além disso, o presidente da República continua em sua “cruzada” em desrespeitar profissionais de vários setores, em especial da imprensa. No contexto da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fakes News, em uma das suas já tradicionais falas à frente do Palácio da Alvorada, Bolsonaro desferiu ofensas sexuais à jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Mello. Patrícia foi a repórter que denunciou, ainda em 2018, um esquema de disparos em massa de notícias falsas, através do WhatsApp, durante a campanha eleitoral para beneficiar determinadas candidaturas. A atitude deseducada, preconceituosa e machista do presidente da República gerou mobilizações de contrariedade em todo o país – e até fora dele. 

E um fato absolutamente insólito e grave para a democracia brasileira envolveu o baleamento do senador Cid Gomes (PDT-CE) quando pilotava uma retroescavadeira, em Sobral, no Ceará, em uma manifestação referente à greve dos policiais miliares do estado nordestino. O parlamentar cearense foi atingido ao tentar derrubar o portão de um quartel da PM durante o protesto dos militares. Após o episódio, ocorrido na quarta-feira (19.02.2020), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou o envio da Força Nacional ao Ceará. O episódio ilustra o clima de instabilidade política vivido no país. 

Assim, gestão Bolsonaro continua sendo ineficiente nos setores mais relevantes, como saúde, educação e segurança pública – e apresentado resultados pífios, no geral.  O presidente da República continua na sua “guerra insana” contra inimigos imaginários – como a “ameaça comunista” –, alimenta-se de comportamentos de ódio, destrata vários setores da sociedade e não dá atenção para aquilo que é efetivamente relevante – uma gestão mais eficiente para conduzir o Brasil para os trilhos de recuperação política, econômica e social.

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