Democracia e liberdade de expressão: é necessário avançar sempre nessa agenda temática Rodolfo Marques 27.10.20 19h16 Sempre que se discutem os valores democráticos, é necessário pensar como uma sociedade se comporta em relação a algumas questões-chave – como a liberdade de expressão. Antes de tratar dela, diretamente, é essencial pensar que a democracia, por definição, é a forma de governo em que permite a participação popular nas decisões políticas, através de eleições e/ou dos principais campos de representatividade. No Brasil, há pleitos periódicos, a priori, nos anos pares – em 2020, por exemplo, são as eleições municipais (prefeitos e vereadores) e, em 2022, haverá as chamadas eleições gerais (presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Para a participação nesses processos políticos-eleitorais, no contexto da democracia representativa, as pessoas que podem votar e que podem se votados precisam ter garantido um direito inalienável dentro das democracias: a liberdade de expressão. Essa liberdade se compõe na possibilidade de manifestar diferentes pontos de vista sem sobre represálias em tais verbalizações. No ambiente político, a liberdade de expressão se torna ainda mais importante. Nesse contexto de discussão, em 25 de outubro, comemora-se no Brasil o “Dia da Democracia”. A data foi escolhida pelo registro histórico da morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida em 25 de outubro de 1975. Herzog morreu após torturas no Destacamento de Operações Internas – Comando Operacional de Informações do II Exército (DOI-CODI). À época, a morte do jornalista gerou uma grande reação popular aos excessos autoritários dos governos militares no país. Esse momento foi essencial na mobilização para a retomada. Dado representativo desse processo histórico em defesa da democracia e da liberdade de expressão, em outro país latino-americano, foi o ocorrido no Chile, também no dia 25 de outubro. Em um plebiscito, a população aprovou a decisão para a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte para a elaboração da nova Carta Magna para o país. Quase 15 milhões de chilenos foram às urnas para aprovar a substituição da Constituição de 1980 – elaborada ainda sob a ditatura do general Augusto Pinochet. Foi um movimento importante em prol da soberania das liberdades e das decisões populares. Assim, ao pensar em processos políticos dentro das estruturas democráticas, e em tempos de fake news, pós-verdades e da prática “industrial” da desinformação, a liberdade de expressão exercida com responsabilidade e o reviver dos princípios democráticos são antídotos certeiros para se chegar a uma sociedade mais justa e menos desigual no acesso aos bens e serviços. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Estado do Pará participa ativamente do Fórum Econômico Mundial, em Davos 19.01.24 8h00 Rodolfo Marques Belém completa 408 anos em meio a comemorações e desafios – e em ritmo de pré-campanha eleitoral 12.01.24 16h00 Rodolfo Marques 08J: atentados de 08 de janeiro chegam a um ano e democracia, no Brasil, precisa se fortalecer 08.01.24 20h00 Rodolfo Marques Governo Helder 2 – ano 1: consolidação do protagonismo nacional e questões amazônicas 28.12.23 8h00