Crise sistêmica brasileira cresce e governo federal está cada vez mais fragilizado Rodolfo Marques 10.04.21 16h38 O Brasil continua vivendo uma crise sistêmica (sanitária, socioeconômica e política) derivada da gestão calamitosa da pandemia de Covid-19 por parte do governo federal. Com um índice crescente de mortes causadas pelo novo coronavírus e com o colapso do sistema de saúde em todo o país, somando-se ao fato da lentidão na compra e na distribuição das vacinas, a crise vai se agravando. É importante que se destaque a postura negacionista do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido/RJ), em relação à pandemia, como um fator preponderante para esta crise. A falta de uma política nacional de enfrentamento ao coronavírus e a negligência na busca de produção interna e da oferta externa pelos imunizantes. Na ausência de medicamentos efetivos de tratamento da Covid-19, as vacinas, juntamente com a prevenção, tornaram-se os únicos caminhos viáveis para lidar com o problema. No quesito econômico, a população tem um incremento dos efeitos da pandemia, com a carestia nos produtos e serviços, aumento do desemprego e falências de pequenas e microempresas. Bolsonaro evocou um falso trade-off entre salvar vidas e economia e a sua falta de assertividade acabou trazendo prejuízos nos dois segmentos. A crise se solidificou também pelos conflitos existentes no federalismo brasileiro. O Planalto entrou em confronto com boa parte de governadores e prefeitos do Brasil, trazendo dissonâncias em um cenário em que seria necessária uma ação coordenada e unificada, com suporte financeiro para os movimentos das unidades federativas. Lembre-se, aliás, que o auxílio emergencial, um importante suporte financeiro para as populações mais vulneráveis, em 2020, só foi viabilizada – e com repasses no valor de R$ 600,00 –, por iniciativa do Congresso Nacional No contexto político, no início de abril, considerando-se todo esse cenário que deixa o país como um dos que trataram de forma pior a crise pandêmica, o governo federal teve contra si mais um revés: a autorização para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. A partir das pré-condições para a abertura de uma Comissão, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, determinou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em 08.04.2021, a instalação da CPI. O presidente Bolsonaro criticou o ministro do STF, acusando-o de fazer “politicalha”. Assim, no meio de tantos desacertos e com o Brasil mergulhado na crise, a população fica cada vez mais desamparada, nutrindo esperanças por uma aceleração no processo de vacinação e por uma queda gradativa nos números de contaminações e mortes pela Covid-19. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Governo Lula completa 300 dias, com desafios renovados 03.11.23 18h00 Rodolfo Marques Brasil e eleições presidenciais argentinas: atenção ao vizinho e grande parceiro comercial do país 30.10.23 8h55 Rodolfo Marques Eleições municipais 2024: a um ano do pleito, ampliam-se as movimentações e estratégias 20.10.23 18h00 Rodolfo Marques Guerra no Oriente Médio: violência, narrativas e a posição do governo brasileiro 16.10.23 9h22