RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Brasil ultrapassa a marca de 400 mil mortes pela Covid-19 e governo federal fica vulnerável à CPI

Rodolfo Marques

Com o início da CPI da Pandemia no dia 27 de abril de 2021, o clima político em Brasília ficou mais tenso e os ânimos de oposicionistas e governistas ficaram mais acirrados, em vários níveis. A Comissão tem a participação de 11 senadores, com o comando de Omar Aziz (PSD-AM), vice-presidência de Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e a relatoria do experiente e articulado ex-Presidente da Casa, Renan Calheiros (MDB-AL).

Entre os depoimentos agendados para os primeiros dias de maio e que chamam a atenção, sem dúvida, estão os dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do pronunciamento do atual titular da pasta, o médico Marcelo Queiroga. Alguns dos pontos que a CPI pretende investigar são a produção excessiva da cloroquina – medicamento sem comprovação de eficácia para o combate à Covid-19 - pela gestão federal; a demora e as inconsistências na aquisição de vacinas; e os dados reais sobre os repasses de recursos da União para estados e municípios. Parlamentares governistas têm tentado atrapalhar o andamento dos trabalhos da comissão, mas não têm tido “sucesso” quanto a isso. 

Na semana em que o Brasil ultrapassa a triste marca de 400.000 mortos pela Covid-19, no final do mês de abril, resta provada a incapacidade de o governo federal em fazer um enfrentamento efetivo da pandemia. Além do negacionismo permanente diante dos efeitos da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe não conseguiram efetivar um processo homogêneo de compra de vacinas, não desenvolveram um Plano Nacional de Imunização e divulgaram, por vezes, informações distorcidas para o público de uma maneira geral. 

O que torna o cenário mais aterrador é que parte das internações e mortes poderiam ter sido evitadas se o governo federal tivesse assumido suas responsabilidades em todos os âmbitos e houvesse efetivado uma ação coordenada com estados e municípios. A maioria dos países do planeta conseguiu ter resultados mais efetivos e menos danosos diante da crise. 

No âmbito regional, o Pará continua sofrendo com a falta de vacinas, embora alguns grupos com comorbidades já estejam na primeira etapa da vacinação. Em 30 de abril, chegou ao estado a décima quinta remessa de vacinas contra a Covid-19 – com 148.750 doses, sendo a maioria AstraZeneca.

Diante de um cenário sanitário ainda muito grave e com um contexto político confuso, a situação geral da população brasileira é como a de um barco à deriva: são muitas as incertezas, a sensação é de pouco amparo e as dúvidas emergem em excesso.

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