Brasil chega a 200 mil mortes causadas pela Covid-19, anuncia vacina e espera Plano de Imunização Rodolfo Marques 08.01.21 18h56 Na primeira semana de janeiro de 2021, o Brasil se mobilizou pela questão da vacinação contra a Covid-19. Mais de 50 países já iniciaram os processos de distribuição e aplicação de vacinas, em esforços para agilizar a imunização dos grupos mais vulneráveis e do restante da população. O Brasil ficou para trás. O Reino Unido foi o primeiro a usar a vacina da Pfizer/BioNTech, em 8 de dezembro de 2020, sendo seguido pelos Estados Unidos, pelo Canadá e por várias nações da União Europeia. Aliás, no dia 7 de janeiro, o Brasil ultrapassou a triste marca de 200 mil óbitos, permanecendo na incômoda posição de ser a segunda nação do mundo que mais apresenta mortes causadas pelo novo coronavírus. Também já está próximo da marca de 8 milhões de contaminações, desde que o primeiro caso foi registrado, no final de fevereiro de 2020. No segundo semestre de 2020, o país chegou a registrar uma certa queda na média móvel das mortes pela Covid-19. Todavia, como estados e cidades flexibilizaram as restrições de circulação e alguns hospitais de campanha foram desmontados, os números de contaminações e mortes voltaram a ficar altos. As aglomerações e viagens do final do ano de 2020, mesmo desaconselhadas pelas autoridades da saúde, trazem o cenário para um alto nível de dramaticidade. No mesmo dia 7, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, fez um pronunciamento público para anunciar o cronograma das vacinas no Brasil. Pazuello focou mais no confronto com a imprensa, fez explicações vagas sobre os insumos, e as informações técnicas foram divulgadas, em seguida pelos auxiliares próximos do titular da pasta. O general destacou que a vacinação deve ter início no país em 20 de janeiro – considerando-se o melhor cenário – ou, em um contexto mais adverso, até o fim de março de 2021. A perspectiva é que sejam utilizados os imunizantes produzidos pelo Instituto Butantan (CoronaVac) e pela Fiocruz. De acordo com o ministro, o Brasil terá, até o final de 2021, com 354 milhões de doses – 254 milhões da vacina de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz e 100 milhões do Butantan. O governo de São apresentou os testes da CoronaVac – com 78% de eficácia. De acordo com o Instituto Butantan, o imunizante atingiu 78% de eficácia contra casos leves, e 100% contra casos moderados e 100% contra os casos graves. Em paralelo a esses bons resultados, foram encaminhados, para a Anvisa, os pedidos de uso emergencial da CoronaVac e da vacina da Fiocruz. O Brasil ainda carece de um Plano Nacional de Imunização. No Pará, o governador Helder Barbalho garantiu o estoque de seringas para a aplicação do imunizante e já está na corrida contra o tempo para a chegada dos imunizantes para os 144 municípios do Estado. O governador esteve nas sedes do Instituto Butantan e na Fiocruz, no dia 7 de janeiro. Diante da lentidão das ações do Ministério de Saúde, Helder e outros governadores vêm se movimentando para a execução de planos específicos de vacinação no âmbito dos estados. Enquanto o país contabiliza óbitos e vive mais um momento de tensão e o processo de vacinação se tornou um objeto de disputa político-partidária, restam aos brasileiros a manutenção dos cuidados de distanciamento social e a esperança de que a vacinação, enfim, comece a ser implementada no país. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques covid-19 coronavírus vacinação COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09