2 º turno em Belém tem duelo de ideologias e CMB renova metade de seus vereadores Rodolfo Marques 17.11.20 18h00 -Atualizado em 17.11.20 18h12 Os votos apurados no domingo (15), no primeiro turno das eleições municipais, em Belém, trouxeram a consolidação de uma tendência que se mostrou mais forte na semana imediatamente anterior ao pleito: a migração dos votos de centro-direita para o delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota), escolhido por pouco mais de 23% dos eleitores da capital paraense – considerando-se os votos válidos – para disputar o segundo turno com Edmilson Rodrigues, Psol. Edmilson, que liderou todo o pleito e as intenções de voto, teve pouco mais de 34% dos votos válidos (ou cerca de 245 mil em números absolutos). Sobre as abstenções, os números chegaram a cerca de 21% do total de eleitores – números até quatro pontos percentuais acima da média local, considerando-se os últimos pleitos. Esse incremento de abstenções está ligado, a priori, ao um certo desencanto com a política partidária, ao contexto da pandemia de Covid-19 e às facilidades de se justificar a ausência do comparecimento às urnas. Caberá aos candidatos que permanecem no pleito a busca de parte desses votos, que podem ser decisivos nesta “segunda volta”, na qual há uma promessa de grande acirramento. O segundo turno das eleições em Belém confirma uma polarização similar a que se viu em 2018, no Brasil. De um lado, Edmilson Rodrigues, um candidato de esquerda e que conseguiu montar um grupo de vários partidos em torno do seu nome e do seu vice – o professor Edilson Moura, do PT. Edmilson tenta usar a seu favor, também, o fato de ter presidido Belém entre os anos de 1997 e 2004, gerando um certo recall sobre obras e projetos e desenvolvidos por ele nesse período. Em um espectro ideológico oposto, o delegado federal Everaldo Eguchi busca consolidar a tríade de conceitos – Deus, Pátria e Família – pregando o combate à corrupção e a manutenção dos valores conservadores, com um discurso de mudança no atual cenário em que Belém vive. Por essência, Eguchi se apresenta como um outsider – e, nesse contexto, de fato ele é. No campo do Legislativo Municipal, os eleitores optaram em renovar em pouco mais de 50% a Câmara dos Vereadores. Dos 35 edis da atual legislatura, 17 voltam à Casa em 1º de janeiro de 2021. Alguns nomes conhecidos, como Zeca Pirão (MDB) – o mais votado, aliás –, Moa Moraes (PSDB), Mauro Freitas (PSDB) e Lulu das Comunidades (PTC) permanecem vereadores, enquanto que o Sargento Silvano (PSD) e Joaquim Campos (MDB), entre outros, não conseguiram a recondução ao cargo. Por outro lado, o Psol conseguiu eleger duas mulheres jovens e negras – Vivi Reis e Lívia Duarte – e fechou sua trinca de vereadores com Fernando Carneiro. O PT apresenta uma nova liderança jovem – Beatriz Caminha, com apenas 21 anos. E o Republicanos apresenta o goleiro Vinícius, atual titular do Clube do Remo, que obteve quase 7 mil votos – oriundos basicamente a partir de torcedores azulinos. Com a Câmara bastante renovada e definida, o belemense volta às urnas no dia 29 de novembro para escolher o seu próximo prefeito, que será o chefe do Executivo Municipal entre 2021 e 2024, com desafios hercúleos em pautas como a mobilidade urbana, o saneamento básico, a segurança pública e a coleta do lixo, entre outras tantas questões que coabitam a cidade com uma população sofrida e ansiosa por melhorais. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave política eleições 2020 rodolfo marques colunas COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Governo Lula III – Ano 1: análise de 2023 e prognósticos para 2024 26.12.23 8h00 Rodolfo Marques Aprovação de Gonet e Dino no Senado são (novas) vitórias do governo Lula 15.12.23 18h35 Rodolfo Marques Argentina sob nova direção e nova era de relações com o Brasil 11.12.23 19h26 Rodolfo Marques A indicação de Flávio Dino ao STF, seus desafios e suas implicações 01.12.23 18h41