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Sob coordenação do Departamento de Marketing do Grupo Liberal, aborda os temas relacionados à economia, negócios, tecnologia, comportamento e áreas afins. Publicação aos domingos, terças e quintas. A coluna recebe sugestões pelo e-mail maisliberal@oliberal.com.br.

Papo Liberal com Mário Camarão, novo site e selo anti-coronavírus

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A Mais Liberal conversou sobre Jornalismo, fake news, discurso de ódio e pós-verdade com o professor Mário Camarão, doutorando em Cibercultura e Redes de Informação pela Universidade do Minho, em Portugal, e coordenador de Curso e Mídias da Unama/SER. Confira a entrevista.

image Mário Camarão (Divulgação)

É possível e recomendável controlar fake news?

A palavra controle é sempre carregada de desvirtuamento. É importante, antes de tudo, ter transparência e clareza nesse processo. Até pela linha tênue entre controle e censura. Acredito que o principal combate às notícias falsas é a literacia digital. Educar criticamente para o digital. Coisa rara por essas bandas. Na Europa, é disciplina obrigatória no currículo escolar. O conhecimento faz diferença

Há um esforço real das redes sociais, enquanto empresas, em combater a disseminação de fake news?

As redes são importantes nesse papel de despertar criticidade diante de produção, consumo e compartilhamento de notícias falsas na internet. Acredito que haja, sim, uma preocupação em torno das consequências que as fake news podem trazer. Desde eleger um representante até o linchamento de uma mulher inocente. Ao deletar notícias falsas, essas plataformas contribuem para a discussão e conscientização de quem propaga esse tipo de conteúdo.

Como você sente o movimento de boicote de marcas globais ao Facebook sob o argumento de que a rede social não inibe conteúdos atrelados ao discurso de ódio?

As marcas têm abraçado causas e muitas delas são verdadeiramente plausíveis e necessárias. O ativismo é importante. O grande risco é quando não passa de estratégia de marketing. Mas isso, o público rapidamente identifica e pratica o tal “cancelamento”, palavra da moda e que representa muito em relação ao papel desse novo consumidor. Que os teóricos chamam de prosumidor (um produtor e consumidor ativo de conteúdos e produtos).

O que seria o fenômeno da pós-verdade tão citada por estudiosos da comunicação?

É a grande responsável pela avalanche e manutenção das notícias falsas. A pós-verdade se baseia na crença e nos sentimentos. Assim, todas as informações se moldam apenas e tão somente no viés que eu acredito e ponto final. Um grande risco e perigo para todos. 

Qual a sua avaliação sobre o PL 2630, conhecida como a Lei das Fake News, em tramitação no Congresso Nacional?

Como disse anteriormente, é importante que haja claramente um debate amplo e plural com todas as partes envolvidas. A Academia é muito importante nesse papel. Limitar e controlar é, por vezes, um risco.

Como delimitar o que é liberdade de expressão e o que é crime virtual?

Há um limite óbvio baseado no bom senso e no respeito ao outro. A lei existe para coibir esses abusos. A internet não é terra sem lei. As próprias plataformas disponibilizam ferramentas de combate a crimes e a Delegacia de Crimes Virtuais está aí para fortalecer ainda mais esse papel.

Quais os desafios do Jornalismo em tempos de tanta polarização e oferta de canais e ferramentas de comunicação?

O grande desafio é não satanizar essas mudanças que o digital trouxe e encontrar um diálogo possível constante com essas formas de produção de conteúdos. Por outro lado, mais do que nunca, o Jornalismo se mostra como um bálsamo diante da avalanche de notícias falsas. Seu papel informativo, com responsabilidade ética e social, garante e imprime um valor imensurável.

NOVO SITE

A Mercúrio Alimentos estreou sua nova página na internet. A empresa, uma das principais no segmento de exportação de carnes no Brasil e no exterior, reestruturou por completo seu espaço virtual, que agora traz informações sobre a história, a estrutura, as ações, os produtos, as linhas e os detalhes da produção da companhia, além de receitas para fazer em casa. O site também está disponível em inglês e em espanhol.

SELO ANTI-CORONAVÍRUS

O hospital Albert Einstein e a empresa de auditoria OnYou vão lançar um selo para reconhecer estabelecimentos comerciais que seguem os protocolos do Einstein de prevenção ao novo coronavírus. A certificação, que se chama CovidAudit e terá validade de 15 dias, pretende dar ao consumidor mais segurança para voltar às compras a partir de quando o comércio for autorizado a reabrir as portas em diversas localidades do país.

AGRO É POP

Enquanto os demais setores da economia brasileira sofrem fortes perdas em 2020, o PIB do agronegócio deve crescer 2,5% e chegar a R$ 728,6 bilhões. E tem mais marcas históricas: o agro deve ser responsável por quase 24% do nosso PIB. A previsão é que a safra de grãos, de 250 milhões de toneladas, também seja a maior registrada até agora.

INOVAR É PRECISO

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta: as soluções inovadoras serão decisivas para o Brasil enfrentar os efeitos da covid-19 sobre a saúde da população e minimizar os prejuízos sociais e econômicos. Entre as mais de 400 empresas ouvidas, 83% afirmam que precisarão de mais inovação para crescer ou mesmo sobreviver no mundo pós-pandemia.

INOVAR É PRECISO II

No levantamento, executivos das indústrias destacaram que a linha de produção é prioridade no recebimento de inovações (58%), seguida pela área de vendas (19%). Diante dos resultados, a CNI anunciou uma parceria estratégica com o SOSA. A plataforma israelense, que tem atuação global em inovação aberta, conta com centros em Tel Aviv, Nova York e Londres.

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