Papo Liberal, Compromisso Social, Conscientização pelo Digital, Business

Mais Liberal

06.06.20 16h00

Papo Liberal

Leandro Karnal (Werther Santana / Estadão Conteúdo)

A Mais Liberal bateu um papo com o historiador Leandro Karnal sobre a pandemia de covid-19, palpites de como a sociedade se comportará daqui pra frente e as lições que ficam. Confira!

Como tem sido a sua experiência pessoal durante esta pandemia? O que tem sido mais difícil até agora e o que o surpreendeu?

Foi tudo muito rápido. Na segunda semana de março, estava na rotina de viagens e de palestras. De repente, tudo parou. Sem aviões e sem pessoas ajudando em casa. O mais difícil, de verdade, é acompanhar o Brasil e o mundo com mortes, ódios e cenas chocantes de racismo em plena pandemia. O que me surpreende é que gosto muito de ler e trabalhar em casa e descobri que posso viver com muito menos do que eu imaginava. O mundo aqui na minha casa vai bem. O mundo como um todo vai muito mal.

Quais as principais consequências emocionais para a sociedade com tudo que estamos vivendo e por tanto tempo?

A tripla combinação de vírus/crise de dinheiro/Brasília excede a capacidade de todos nós. Precisamos lutar diariamente pelo equilíbrio. Temos motivos concretos para pânico. Devemos lutar para não perder o controle.

Como é possível tirar coisas boas em meio a tantas notícias ruins relacionadas ao coronavírus?

A ascensão da importância do SUS, a constatação importante (que tanta gente negava) sobre nossa desigualdade e a definição clara do papel do Estado como estrategista. No mundo inteiro, o avanço ou recuo da doença dependeu de Estados eficazes ou incompetentes.

Você acredita que muitas pessoas irão ressignificar o que realmente importa, valorizando o aqui e agora?

Seremos transformados. Já mudamos bastante. Todos fomos obrigados a pensar em família, educação a distância e reuniões virtuais. Alguns tiveram de combinar dois conceitos que eram muito separados: home e office. Os valores foram rapidamente ressignificados.

O que esperar do mundo pós-pandemia? O que será o "novo normal"?

No passado, após algumas epidemias, surgia uma onda de otimismo e de valorização da vida. O caso clássico foi o Renascimento depois da Peste Negra. Mas é preciso lembrar que não ficamos melhores com cada doença. O mundo depois da Gripe Espanhola viveu os anos de 1920, com jazz, cinema e festas monumentais. Logo em seguida, Segunda Guerra e genocídios. A violência existe antes e depois das doenças. O novo normal pode ser o início de uma consciência maior do valor da vida humana. Isso é o meu desejo. Isso não é garantido.

Que mensagem você deixa para as pessoas que estão em casa e também para quem já precisou voltar a rotina?

Muitos cuidados ainda. Estamos voltando em plena ascensão da curva de contaminação. Cuidados redobrados com higiene das mãos e no contato com outros. Beijos e abraços só... em 2021. Cuidados consigo e com os outros: solidariedade deveria ser a lição da pandemia.

Live

Roberta Godoi (Divulgação)

Rubens Magno (Arquivo pessoal)

Live

Nesta segunda-feira, 8, Roberta Godoi, diretora Executiva Claro empresas, e Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae no Pará, realizam uma bate-papo ao vivo, às 18h, sobre empreendedorismo. Será nos perfis oficiais no Instagram @clarobrasil e @rubensmagno. Entre os temas abordados, assuntos para auxiliar os pequenos negócios durante os desafios impostos pelo período de pandemia do novo coronavírus, que impactam a economia de todo o mundo e exigem que novos modelos de negócio sejam criados ou reinventados.

Compromisso social

A Disney prometeu doar US$ 5 milhões para organizações que visam promover a justiça social e a equidade racial. A companhia fez o anúncio em meio à grande onda de manifestações nos Estados Unidos após a morte do segurança George Floyd, negro, por um policial branco. Cerca de US$ 2 milhões serão destinados a National Association for the Advancement of Colored People (NAACP). A outra parte dos recursos será direcionada a organizações indicadas por funcionários da Disney.

Conscientização pelo digital

Sem eventos presenciais por conta da pandemia de Covid-19, a Alubar realizará sua Semana do Meio Ambiente de 8 a 12 de junho. O tema será Biodiversidade. Para conscientizar seus 1.300 colaboradores, a fabricante de vergalhões de alumínio e cabos elétricos usará e-mail, redes sociais, cartazes, outdoors e vídeos.

Business

Micro, pequenas e médias empresas do segmento de bebidas e alimentos poderão participar da primeira rodada internacional de negócios no formato virtual, a Business Connection Brazil: food & beverage. A ação, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Sebrae e Apex-Brasil, será nos dias 22 e 26 de junho. A inscrição é gratuita e deve ser feita até o dia 19, no site bcbrazil.com.

Business II

O objetivo é conectar fornecedores brasileiros com compradores de toda a América Latina, além dos Estados Unidos, Canadá, Índia, Emirados Árabes, entres outros países. A rodada virtual é um dos desdobramentos da Connectamericas.com, plataforma de negócios gratuita criada pelo BID para apoiar mais de 300 mil empresários cadastrados na realização de mais e melhores negociações internacionais.

Gamers em ascensão

A sétima edição da Pesquisa Game Brasil revelou um crescimento de 7,1% no público que se considera gamer. O levantamento, realizado pela Sioux Group via unidade de negócios da Go Gamers ESPM e a Blend New Research, também apontou que 73,4% dos brasileiros disputam jogos eletrônicos, os e-games.

Gamers em ascensão II

A pesquisa constatou ainda que a principal faixa etária de jogadores no Brasil é de adultos de 25 a 34 anos, representando 33,6% de todo o público. Em seguida, aparecem os jovens de 16 a 24 anos (32,5%). Mulheres continuam sendo a maioria, correspondendo 53,8% do total de jogadores. A plataforma preferida do brasileiro para jogar é o celular, com 86,7%, à frente do videogame (43,0%) e do computador (40,7%). Foram ouvidas, em fevereiro, 5.830 pessoas em todo o país.