LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Tempos para a reflexão

Linomar Bahia

"Quando o conhecido passa bem, o invejoso passa mal". Essa conclusão da sabedoria popular vem a calhar nas situações que se apresentam, como ocorre nesta crise epidêmica, quando os apostadores no "quanto pior, melhor" fazem o que podem, e onde possam, para impedir ou minimizar ações positivas dos demais. Agora mesmo, essa pobreza do  espírito humano salta aos olhos dos observadores do cabo de guerra entre, de um lado, os esforços governamentais para se contrapor aos efeitos danosos da pandemia, enquanto, no lado oposto, pretensões políticas e rancores ideológicos se empenham em dificultar.

Eventos e situações assistidas a cada momento, principalmente pelos canais de informação, desafiam estudos dos profissionais das ciências sociais, surpreendendo mesmo aqueles habituados às facetas do comportamento humano, nas variações de humor e posições, ao sabor dos interesses e das pretensões. Há uma profusão de "pseudos" democratas que, entretanto, relutam em aceitar o resultado de eleições e reagem conta palavras e atos dos vencedores. Também atuam grupos que desenvolvem formas de confundir e assustar os menos esclarecidos e se dedicam em atrapalhar práticas positivas.

Em meio ao continuado e já cansativo bombardeio de conselhos, explicações e ameaças sobre avanços do novo coronavírus, sempre serão refrescantes e, até, relaxantes da neura em que estão mergulhados países e seus povos, inclusive no Brasil. Será oportuno, salutar e, provavelmente, reanimador de quantos perguntam, e não têm respostas, quanto "ao que será amanhã". Uma pausa para reflexão sempre será bem-vinda em situações como a atual, sobre aspectos da crise, especialmente quando envolve manifestações comportamentais e desperta especulações quanto ao futuro nos dias seguintes à epidemia.

Após as superdoses cotidianas, as variações sobre o mesmo tema passaram a ser usadas como palanques de oportunistas de qualquer oportunidade. Há ministro já posando de "pop star", passando mais tempo diante das câmeras do que exercendo a sua função, em vaidosas e repetitivas prelações professorais. Existem governadores em poses imperiais, transvestidos de pregadores pastorais, principalmente em reclamações sobre carências locais, no que demonstram mais a própria incompetência e desvio de funções na busca de uma notoriedade e tirar proveito eleitoral, que o contestado desempenho dificulta oferecer.

Tem sido exposto o quadro negro da atualidade, mas com perspectiva de mudar gradativamente de coloração a caminho de um branco saudável. Estimula, então, que se reflita  sobre o "pós pandemia", para o que poderiam ser de utilidade uma pesquisa sobre o que aconteceu, depois de crises epidêmicas recentes, a maioria muito mais devastadoras, em contaminações aos milhões e, igualmente, com milhões de mortos em todo o mundo. Como aconteceu antes, o mundo não será o mesmo, nos próximos tempos com evoluções mais acentuadas, pela presença e desenvolvimento tecnológico e científico, agora existentes.

Vale refletir em torno das perdas, sempre lamentáveis quanto aos seres humanos que se vão, e nos ganhos, em benefício dos quantos não foram vítimas de contágio ou tiveram a ventura da cura. Nas epidemias, como nas guerras, mesmo eventuais perdedores são contemplados com alguma espécie de conquistas cidadãs e sociais, embutidas nas revelações na solidariedade das doações que pontuam as grandezas humanas de uns, bem como nas lições das pobrezas, contidas nos atos de egoísmo de outros, contido na exploração comercial e no oportunismo de natureza pessoal na política e nos negócios. Pobres humanos.

Merecem reflexão especial, na linha trágico-real consagrada pelo povo de que "não há mal que não traga um bem", as conquistas científicas, em novas vacinas e medicamentos, aprimoramento das estruturas hospitalares e no treinamento dos profissionais da saúde do corpo e da mente. Igualmente, as soluções atuais introduziram novos elementos no exercício profissional e nas relações de trabalho, na adequação dos instrumentos legais e na utilização da tecnologia. Despontam a nova realidade da legislação e no teletrabalho, num efeito cascata, reduzindo espaços físicos e repercutindo na mobilidade urbana

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