Sujeitos e interesses ocultos Linomar Bahia 15.12.19 0h00 Manifestações de reivindicações pontuais e protestos genéricos, estão se tornando rotineiros em todo o mundo, organizados com características nitidamente profissionais, com tabelas remuneratórias, exibidas nos materiais em que alinham frases de efeito, nos uniformes temáticos e na logística de alimentação e para emergências médicas. São os “coletes amarelos”, na França, os revoltosos de ocasião no Chile e na Bolívia e nos “ativismos” de resultados, mais pessoais do que coletivos, ocupando, como é o propósito, generosos espaços na mídia. Tal e qual nos romances policiais, o primeiro questionamento deveria ser “a quem interessa?”, mas não se tem notícia de alguém preocupado especular sobre esse interesse que data desde a originária latina “Cui prodest”i imortalizada por Cícero na Roma Antiga. Alçada ao “status” de sabedoria política, a expressão foi usada para desvendar objetivos e finalidades de certas ações. A resposta, demonstra que o crime compensa ao beneficiário que, para isso, o comete, constatação que Cícero celebrizou na frase “cui prodest scelus. Is fecit”. Parece estranho ninguém estranhar surgirem do nada, repentinamente, figuras e entidades se dizendo “ativistas” de alguma causa, nem sempre definida e, até, mutante. Faria muito bem à sociedade em geral, em particular às próprias pessoas e instituições sérias, para se protegerem contra embusteiros e oportunistas, prontos a desfrutar de ocasiões e modismos, que lhes propiciem espaços midiáticos e proveitos pessoais e ideológicos, justificando suspeições e a necessidade de separar o joio do trigo, também como forma de valorização e crédito. Chama a atenção a forma como surgem, coincidentemente em momentos e locais onde ocorrem reuniões para discutir qualquer coisa regional ou planetária, embora geralmente nada decidam além de programar outra reunião, com os mesmos objetivos e continuar nada decidindo. Bastam algumas faixas e cartazes, produzidos profissionalmente, e tumultuar cidades, para onde vão não se sabe por quem, demonstrando ausência de espontaneidade, mas bastante para seduzir a mídia e atingir os objetivos promocionais pretendidos. Meio ambiente e aquecimento global estão permanentemente em moda, gerando manifestações emotivas e discursos agressivos, exacerbando opiniões e influenciando segmentos institucionais e sociais. Qualquer análise mais acurada das origens, responsabilidades e personagens, perceberá a existência de sujeitos (e interesses) ocultos por trás das ações, visíveis nas estruturas dos movimentos e melhor percebido no fato de que os que passam dias em protestos, precisam ganhar para comer e viver, sendo quase um trabalho remunerado. É um desafio que se apresenta, principalmente, como ameaça à credibilidade de ONGs legítimas e responsáveis, bem como de detentores de mandatos e representações populares, ameaçados pelos aventureiros e praticantes da crença anarquista “se há governo, sou contra”. Como os bons e os maus existem em todas as corporações e extratos sociais, os bons devem ser exaltados pela legitimação e, os aproveitadores, denunciados e alijados aqueles que apenas se apossam de causas legítimas e de grande apelo popular para fins de outra natureza. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Saco sem fundo 27.06.23 13h38 Linomar Bahia Alquimia eleitoral 19.06.23 15h54 Linomar Bahia “Alea jacta est” 14.06.23 17h11 Linomar Bahia Responda, quem souber 06.06.23 11h35