Qualquer semelhança pode não ser... Linomar Bahia 31.03.21 23h13 Consta do romance e filme "Alice no país das maravilhas", publicado em 1865, o diálogo antológico, no qual a personagem-título pergunta ao gato: "Por favor, poderia me dizer que caminho devo tomar aqui? – Perguntou Alice. "Depende muito do lugar aonde você quer chegar" – disse o Gato. "Pode ser qualquer um" – respondeu Alice. "Então não importa que caminho vai tomar" – observou o Gato. "Desde que eu chegue a algum lugar" – acrescentou Alice, à guisa de explicação. "Ah, se andar bastante – disse o Gato – com certeza vai chegar". Qualquer semelhança poderá não ser mera coincidência com os avanços, recuos e desvios de rumos e objetivos nossos de cada dia. Criador de universos fantásticos, o autor Lewis Carroll, intelectual e reverendo anglicano do Reino Unido entre 1832 e 1898, legou à posteridade a frase "quem não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve", resumindo o que, certo modo, se assenta aos tempos e regimes vividos em nosso país, praticamente desde os eventos que marcaram o descobrimento, as fases de colonização, as manobras políticas que antecederam e redundaram na Independência, entre monarquia, ditaduras, democracias e ensaios de tipos de governos, no que já se experimentou inclusive o que deveria ter sido um regime parlamentarista. Hoje, sete constituições depois, a mais recente também submetida a atos e fatos que contrariam e desvirtuam seus fundamentos, vale renovar a pergunta "para onde vamos", aportuguesando a latina bíblica “Quo vadis?”, atribuindo o uso original quando Cristo perguntou ao apóstolo João: "Agora, que vou para aquele que me enviou, nenhum de vocês me pergunta para onde vais?", frase que o texto apócrifo do Século III, "Atos dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo”, reitera na resposta de Jesus a Pedro, enquanto carregava uma cruz: "Já que você está fugindo e abandonando o meu povo, eu volto para Roma para ser crucificado". Nestes tempos turbulentos devemos perguntar “E, nós, aonde será que vamos parar?”, diante da corrupção que enlameia o país, resultando na rejeição a que poucos governantes e políticos escapam, e mais uma frustração do que passou a ser vendido e comprado como “o novo”, logo envelhecido. Há pouco mais de um ano, haverá nova oportunidade para abrir novo caminho, ou continuar votando em falsas promessas, assim renovando o mesmo questionamento de agora, quando a pandemia passou a ser o novo campo da corrupção, impondo a escolha entre continuar mantendo tudo como está, ou, como sempre, até, piorar. Entre razões e consequencias históricas, há o simbolismo político do fogo, desde a origem e obtido ao simples riscar de um fósforo. Observadores do panorama institucional do país, entendem que os problemas naturais e produzidos, em movimentos convenientes e circunstanciais, vão além de atos isolados com objetivos determinados. Refletem um estresse, implicando em reflexão de autoridades que, insensíveis às evidências, parecem dissociadas da realidade nacional, assim incorrendo no risco continuarmos a ver a história se repetir e, como Nero no incêndio de Roma, estar" tarde demais. Isto é o fim”. Qualquer semelhança com o país de Alice, pode não ser mera coincidência. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Olho neles 08.03.23 14h51 Linomar Bahia Realidades filosóficas 01.03.23 13h31 Linomar Bahia Primeiros e últimos 13.02.23 16h35 Linomar Bahia Nada por acaso 06.02.23 12h11