Meio cheio, ou meio vazio? Linomar Bahia 03.06.21 13h18 Ao comporem, em 1999, os versos de "Se todos fossem iguais a você", Vinícius de Moraes e Antonio Carlos Jobim se atinham à maviosidade dos cantos amorosos, marcas registradas das criações poéticas-musicais que os consagraram no país e em prestigiados espaços internacionais. Mas, recorrendo à analogia, a diferenciação, inerente aos seres humanos, permite comparar com a discordância nas formas de sentir e de interpretar atos e fatos, acentuando as discrepâncias que sempre existirão, entre palavras e práticas, permeando discussões sobre quaisquer temas. Essa tendência a polemizar, entre o que pensam e fazem os diferentes, remete à figuração de um copo preenchido pela metade, e perguntar "se está meio cheio, ou meio vazio". Tal metáfora, sobre a visão a fato, passível de controvérsias, revela, principalmente, as formas positivas e negativas, facultadas ao livre arbítrio em torno de certas situações, ganhando relevo diante de eventos desafiadores. Costuma ser considerado que o otimista vê o copo meio cheio, o pessimista meio vazio, enquanto que ao realista pouco importa como está o conteúdo do recipiente. As oportunistas perorações dos contrários na CPI, têm oferecido maneiras diferentes de ver e interpretar os mesmos temas de cada dia, usando em vão as vítimas do coronavirus, apenas como pretexto aos propósitos de atender a objetivos políticos e conveniências ideológicas. Com essa visão conveniente do copo, a exploração das mais de 460 mil mortos, embora lamentável, poderá ser vista pelo olhar pessimista da oposição, deixando para a visão positiva o número expressivo de 13 milhões de vidas salvas, o que corresponde a mais de 90% do número total dos infectados. Enquanto alguns, por necessidade profissional e outros, pelas conveniências políticas e partidárias, têm o suplício de assistir às intermináveis reuniões da CPI, há a visão do país real, em contraposição a um Brasil de faz de contra, contido na simbologia do meio prá lá, meio prá cá. Fora dos ambientes negativistas que assolam o país, comprometendo a credibilidade de instituições e personalidades, que parecem torcer pelo "quanto pior, melhor", avaliações sérias apresentam números da retomada de empregos, recuperação cambial e perspectiva econômica de até 7% do PIB. Como escrevi em artigo de 29.03.2020, no início da pandemia, enquanto fecharam o comércio e desertaram as ruas, conselhos e orientações beiram o terrorismo, quase mandando as pessoas se esconderem do vírus, embora a contradição nos transportes lotados e longas filas em busca dos auxílios. Ou, como impedir que entregador de comida repasse ao consumidor contaminação de uma embalagem? Passada a pandemia poderá haver epidemia de obesos, alcoólatras, depressivos, neuróticos e famílias destrocadas, que a ociosidade está gerando em todas as classes. Estão faltando líderes com os predicados dos Roosevelt e Churchill, pela postura durante e após a segunda guerra mundial. serenidade na comunicação em situações até de maior gravidade, pelo que, também, se tornaram referências históricas. No Brasil, ao contrário, a situação tem sido usada preferencialmente às pretensões particulares, enquanto faltam palavras e credibilidade que, embora recomendando os cuidados necessários, não provoquem intranquilidade e até sérios abalos físicos e psicológicos à população, principalmente aos mais sensíveis e vulneráveis. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Haja desafios 26.12.23 16h49 Linomar Bahia Tempos arriscados 04.12.23 14h10 Linomar Bahia Nova chance 07.11.23 16h26 Linomar Bahia Iguais desigualados 19.10.23 11h56