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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Ilustre desconhecida

Linomar Bahia

A Suíça, famosa pela civilização avançada, caríssimos relógios de alta precisão e pelas contas secretas, onde se escondem fortunas dos corruptos mundiais, acaba de encerrar mais um "Fórum Mundial" que, pela 50ª vez, vai ficando nas palavras dos diferentes idiomas. Mais uma vez, como nos 49 anos anteriores, parecem condenadas e ficar somente nas palavras, só palavras e nada mais que palavras. Continuou transmitindo ao mundo a sensação de tudo ficar condicionado apenas à frieza do clima de Davos, episodicamente acrescido somente pelo ativismo de oportunidade, a serviço de algum interesse de ocasião.

Entre discursos ideológicos, propostas ambientalistas estéreis e exibicionismos pessoais, novamente a Amazônia figurou nas variadas formas de "ilustre desconhecida" de sempre, apresentada à comunidade internacional como repositória de quanto possa significar sustentabilidade ambiental, remédio para o aquecimento global e consequente salvação climática. Os loquazes defensores da natureza parecem sempre falando do que pouco, ou nada, sabem sobre a região, onde fica, muito menos o passado, o presente, sem condições de imaginar o futuro, permitindo recorrer até aos princípios bíblicos para dizer que não sabem o que falam.

Lendas e pobreza povoam os 5 milhões e 500 mil quilômetros quadrados, 7% do planeta, 60% cobrindo nove estados brasileiros e os demais 40% na Colômbia, Bolívia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além da Guiana Francesa. São números que impressionam, facilitando os discursos "por ouvir dizer", alheios às dificuldades de ribeirinhos e indígenas. A realidade tem se incumbido de desmistificar pregações vazias, entre elas a de que seria o "pulmão do mundo" por concentrar cerca de 50% da biodiversidade mundial, contestado pelo pesquisador Antonio Manzi do Instituto de Pesquisas da Amazônia.

Explica ele que a vegetação captura gás carbônico da atmosfera e libera oxigênio, ao contrário do pulmão que transforma oxigênio da atmosfera em gás carbônico, em função do que durante décadas a Amazônia tem sido considerada um grande pulmão "invertido". No entanto, o professor explica que a floresta também libera gás carbônico na atmosfera, pela respiração das plantas e pelo processo de decomposição de troncos, galhos, folhas e animais mortos. Conclusões mais recentes, têm mostrado que a floresta amazônica está aumentando a sua biomassa, assim retirando cada vez mais gás carbônico da atmosfera do que o emitindo.

Vale a pena, a propósito, ler de novo passagens de artigos sobre o tema, que continuam atuais. Escrevi, por exemplo, que sempre houve um misto de má fé, cobiça e desconhecimento sobre a Amazônia, razão de referências em momentos convenientes, como nos 50 anos de Davos. Fascínio estrangeiro pela região remonta ao "Tratado de Tordesilhas" em 1494, passa pelo "exército da borracha" descrito por Euclides da Cunha e "grande lago amazônico" nos anos 60 (...), que pretendia inundar, para "o futuro da humanidade", 240 mil quilômetros em (...) 20 municípios do Pará e Amazonas, inclusive parte de Manaus.

Escrevi que a (...) preocupação com o gás carbono é vista como um dos (...) disfarces da internacionalização (...) de 260 milhões de hectares (...), dos quais 7 milhões com floresta de várzea e 253 milhões de terra firme. Seriam perdidos 56% (...) onde residem as maiores reservas mineral e petrolífera, fauna, flora e, principalmente, 11% de toda a água potável do planeta, nos 23 mil quilômetros de rios navegáveis da maior bacia hidrográfica do mundo, representando dois terços do potencial aquífero e hidrelétrico do Brasil, água que, não por acaso, será futuramente o grande problema (...) mundial, com potencial de provocar uma guerra.

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