LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

A verdade, nem sempre verdadeira

Linomar Bahia

O que é a verdade? Nestes tempos, em que "fake-news" é expressão recitada em incontáveis falas e textos, crescem as dúvidas sobre o que é, realmente, verdadeiro nas tantas e recorrentes entrevistas de especialistas e pronunciamentos de autoridades a respeito das imaginadas causas, efeitos e consequências da pandemia do coronavirus. Em meio a um turbilhão de considerações, desmentidas, minimizadas ou, simplesmente, pecando pelas contradições, tem sido sedimentada a impressão de que todos praticam espécies de "achômetros", mais usados para alimentar a vaidades, exploração política e, como sempre, a ladroagem, que parece ser a única verdade.

Ainda nesta semana, o sisudo jornal norte-americano "New York Times" deu curso a uma das tantas dúvidas que povoa jornada da covid-19. Destacou o questionamento de especialistas sobre a "sensibilidade" de testes PCR, considerado "excessivo", pela possibilidade de identificar carga viral tão pequena que nem mereceria a classificação de "positivo", quando a diferença nos resultados chega aos 90%. Antes, a famosa e respeitada "Associação Médicos pela Verdade", com seus 170 renomados cientistas e pesquisadores, detonou a OMS e, por consequência, as autoridades sanitárias seguidores de suas recomendações e orientações, acusadas de danosas ao futuro.

Em contraposição à mentira, a "verdade" está inserida na Bíblia como a Palavra de Deus, revelada em Jesus Cristo. Designando o que efetivamente existe, no entanto admite variedades entre “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou, ainda, ser fiel às origens ou a um padrão. Mas, para pensadores como Sócrates, Aristóteles, Platão, Nietzsche Kant e Descartes, nunca houve, nem há como imaginar que poderá haver, algo que possa ser considerado "verdade eterna". Há condicionantes a algum episódio e ao momento em que ele transcorre, exposta às mutações e reformulações decorrentes da dinâmica da vida e evolução dos fatos.

Dúvidas e suspeitas têm se acumulado nesses meses da imposição oficial de tantas restrições pessoais e profissionais. Terá sido verdadeira a necessidade de suspender atividades econômicas e sociais, em nome de um tal distanciamento social como forma de impedir a propagação do vírus? Verdade, ou nem tanto, a importância do isolamento doméstico, sob a ameaça de contágio pessoal e familiar? Máscaras previnem, efetivamente, contra transmissão e recepção do virótica, ou, como afirmam alguns especialistas, pouco ou nada resolvem, pelo contrário, podem ser agentes de outros micro organismos, podendo assim sendo mais prejudiciais do que benéficos? 

Entre verdades, que podem ser verdadeiras ou nem sempre, há situações que desmentem certas determinações, provocando apenas o deslocamento das fontes às quais eram atribuídos os riscos de aglomerações, como fatores de propagação da pandemia. Exemplos disso foram estádios vazios, revelando a incoerência ou, ao menos, o exagero de medidas ditas como necessárias, nos abraços entre jogadores e nas torcidas aglomeradas nas cercanias dos jogos. Empregos e segurança de incontáveis áreas e níveis de comércio e indústria foram sacrificados sem revelarem, efetivamente, a proteção alardeada sob várias formas de terrorismo psicológico.

Enquanto a incidência da pandemia e suas consequências fatais vão se dissipando, parecem se tornar mais claras as verdadeiras razões e intenções, geralmente distantes da nobreza funcional e da solidariedade humana, que deveriam prevalecer, em situações e ocorrências de tamanha gravidade. Há expectativa sobre eventuais interesses financeiros e conveniências geopoliticas, nas origens misteriosas do vírus e nos reais propósitos na universalização da praga e sua repercussão na efetivação de objetivos políticos e econômicos pretendidos. Um balanço em que as perdas e ganhos poderão mostrar as variadas faces das verdades verdadeiras, ou nem sempre.

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