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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

A pergunta que falta fazer

Lindomar Bahia

“A quem interessa o crime, meu caro Watson”, perguntava Sherlock Holmes ao auxiliar, personagens de ficção da literatura britânica, criados pelo médico e escritor Conan Doyle, nos romances policiais, publicados na transição dos séculos XIX para o século XX. Era um questionamento considerado elementar para elucidar as ocorrências fictícias, como forma de chegar rápida e seguramente aos autores intelectuais e possíveis interessados nas empreitadas criminosas investigadas pelo detetive.

Na vida real, uma pergunta tão elementar, poderia ser formulada sempre que epidemias, a exemplo do "novo coronavirus”, surgem a intervalos regulares, sem clareza quanto a origem, nem “porquê” se origina em certos locais, estratégicos para dali se espalhar pelo mundo, causando prejuízos econômicos e financeiros para uns, pela interrupção das atividades e vidas, enquanto outros lucram, produzindo e fornecendo medicamentos e instrumentos utilizados na assistência às vítimas.

No Brasil, em particular, as últimas décadas têm sido pontuadas por epidemias e ameaças de surtos maléficos, incluindo algumas há muito imaginadas eliminadas, como a malária. Notícias alarmantes, anunciando campanhas de vacinações em massa, levam milhões de pessoas até ao sacrifício de madrugar em postos de saúde de todo o país, consumindo outro tanto de vacinas e somas bilionárias, a pretexto de imunizar brasileiros de todas as idades contra propagadas doenças típicas de cada época.

Pensadores de todos os tempos, comungam do mesmo pensamento de que "nada acontece por acaso, absolutamente nada”. Coube ao escritor norte-americano Richard Bach sintetizar as diversas conceituações filosóficas expendidas a respeito, ao escrever que “Nada acontece por acaso. Não existe a sorte. Há um significado por detrás de cada pequeno ato. Talvez não possa ser visto com clareza imediatamente, mas sê-lo-á antes que se passe muito tempo”, tornando a pergunta ainda mais pertinente.

Embora parecendo elementar, não se tem notícia de que alguém, em algum momento, tenha despertado, ao menos por curiosidade, para a lógica do ficcionismo de Holmes e dos pensamentos formulados pelas diferentes gerações filosóficas de todos os tempos, apesar das graves consequências das epidemias. Desde a antiguidade, micro-organismos fatais, principalmente bactérias e vírus, já mataram milhões de pessoas, igualando e, em alguns episódios, até superando, guerras, terremotos e vulcões.

Chega a ser notável a contradição de que, entre avanços tecnológicos e científicos, que levaram o homem a outras galáxias e propiciaram a cura de várias doenças, outrora fatais, ainda surjam e se universalizem epidemias avassaladoras, algumas consideradas extintas, atribuídas, entre outros, aos alimentos geneticamente modificados, uso de agrotóxicos e degradação ambiental, com a propagação facilitada pelas facilidades de transportes e comunicações, que encurtam distâncias e aproximam as pessoas.

Três mil anos antes de Cristo, doenças mortais já se alastravam no Egito antigo, entre elas uma epidemia de varíola, no século V a.C., com atenienses e espartanos se digladiando na “Guerra do Peloponeso”, conhecida como a “grande praga de Atenas”. Os males se multiplicaram nos tempos modernos, afetando e matando com a tuberculose, peste negra, gripe espanhola, aids e o vírus influenza, considerada a pandemia mais letal da história, matando 50 a 100 milhões de pessoas no mundo.

Embora difícil de responder, ou, apenas, não ter resposta nenhuma e possam ser resultados de mudanças climáticas, mutação de vírus e de bactérias, dificilmente pode ser entendido como, de repente, o mundo é surpreendido com algum tipo de doença, ameaçando repetir as calamidades públicas que se abateram sobre a população mundial. Principalmente quanto, curiosa e extraordinariamente intrigante, o "novo coronavirus" está desaparecendo onde nasceu,  enquanto mata por onde grassa.

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