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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Um tempo necessário para que o futebol fique de arquibancadas vazias

Carlos Ferreira

Futebol sem público por quatro a cinco meses

Sobre a volta do público aos estádios, a coluna ouviu o infectologista Nagib Abdon, autoridade nessa especialidade no Pará, aplaudido em todo o país. Ele entende que não haverá segurança para a junção de milhares de torcedores em qualquer estádio enquanto não houver vacinação contra o coronavírus. E "no mundo todo a expectativa pela vacina é para novembro ou dezembro", diz ele.

Nagib Abdon observa que Belém está na fase do achatamento da curva de incidências, mas os números ainda são crescentes no interior. Mesmo com boas perspectivas de equilíbrio entre a pandemia e a capacidade do sistema de saúde para atendimento, só a vacinação pode devolver a vida normal a todos, em todo o mundo.

 

Como ficarão os clubes sem bilheteria?

Inicialmente, o futebol vai ser reativado para o público da televisão, que dá resposta aos clubes nos patrocínio, na venda dos direitos de transmissão e em ações de marketing, como os programas de sócio torcedor. Porém, como estão na Série C, Remo e Paysandu não faturam com direitos de TV. Sem o acesso aos estádios, perdem a principal vantagem que têm a oferecer para os sócios torcedores. O cenário, portanto, é muito sombrio.

Até agora, em dois meses e meio de pandemia, a dupla Re-Pa tem se virado bem e honrado os compromissos. Mas a reativação do futebol vai elevar os custos e não terá receitas suficientes para fechamento das contas. Uns podem ver pessimismo e outros realismo nessas projeções. E você, como vê

 

BAIXINHAS 

* O infectologista Nagib Abdon deu sua contribuição à comissão anticovid da FPF e, por motivos pessoais, se desligou na última quarta-feira. No dia 16, terça-feira, a comissão deve apresentar ao governo o protocolo de medidas preventivas para a volta do Parazão, projetada para agosto.

* Para treinamento, cada clube elabora o seu próprio protocolo, que, no entanto, precisa da aprovação de autoridades sanitárias. Por enquanto, a fase é de treinos em casa. O protocolo será importante para as atividades em grupo nas dependências dos clubes.

* As projeções que indicam futebol sem público nos estádios até outubro ou novembro são determinantes para o planejamento dos clubes. O Remo, que sofre aperto financeiro como todos os outros, está num planejamento arrojado, com seis ou sete contratações. 

* Para a volta do Parazão, os clubes são unânimes na posição de não entrar em campo enquanto não puderem faturar com venda de ingressos. Isso pode levar ao atendimento parcial do que foi proposto pelo Tapajós. Conclusão do campeonato de 2020 em dezembro, já ligando as atividades com o início da temporada 2021.

* O Tapajós, porém, quer o cancelamento do rebaixamento, o que depende de aprovação unânime, por trarar-se de alteração do regulamento. Nas posições atuais, estariam rebaixados Itupiranga e Carajás, mas o Itupiranga tem a mesma pontuação do Tapajós. Dois dos três, portanto, reativariam seus times para apenas duas partidas.

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Carlos Ferreira
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