CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Roni x Remo, uma briga em que todos perdem

Carlos Ferreira

Há um ano e 46 dias, o menino Roni, então com 18 anos, assinou a sua segunda e última súmula como atleta profissional, dia 29 de setembro de 2019, num Re-Pa da Copa Verde. Desde então, ele entrou numa batalha jurídica, seduzido por R$ 10 mil na mão e várias possibilidades para a carreira, com desvinculamento do Remo na Justiça do Trabalho, por atraso de salários. Ocorre que o plano deu errado e Roni já tem motivos de sobra para arrependimento. Nessa briga todos estão perdendo.

Ao saber da ação jurídica, o Remo depositou em Juízo o que devia e construiu uma tese de defesa. Roni até conseguiu a quebra do vínculo e foi registrado no São Caetano/SP, mas sem aproveitamento. O Remo recorreu. O presidente Fábio Bentes disse à coluna que o clube irá às últimas instâncias, não mais pela volta do atleta. "A luta agora é por indenização", arrematou Bentes.

Em que o Papão evoluiu na reação?

Nos últimos quatro jogos, duas vitórias e dois empates. Com essa sequência, o Papão saiu da luta contra rebaixamento para a zona de classificação. A grande evolução nessa reação ocorreu no sistema defensivo.

O time bicolor era um dos mais vazados do campeonato, com 13 gols tomados em 10 jogos. Nos últimos quatro jogos, porém, tomou apenas um gol e somou oito pontos. Confirmando o absoluto favoritismo amanhã, diante do combalido Imperatriz, o Papão se mantém na dianteira da concorrência pela quarta vaga do G4.

BAIXINHAS

* O Papão não fechou nenhuma das 13 primeiras rodadas no G4. Finalmente, conseguiu na 14a e deve repetir na 15a. Restarão três jogos para a confirmação da classificação. O dia D será no primeiro sábado de dezembro, dia 5, no Re-Pa. Faltam três semanas.

* Nas vezes anteriores em que o assunto Roni foi comentado, a empresa que o tirou do Remo logo se pronunciou. Por último, no entanto, está preferindo o silêncio, sem resposta às nossas indagações. A carreira do promissor lateral direito está tomada de incertezas e ameaçada de não fluir.

* Levado pelo irmão Wagner Ayres, atual dirigente de futebol do Imperatriz, o técnico Charles Guerreiro tem missão voltada para 2021. Vai reconstruir o time maranhense para o campeonato estadual e Série D. Por enquanto, resignação com a sucessão de vexames.

* Dia de eleição municipal no país, clima eleitoral em alta temperatura no Paysandu para 3 de dezembro, na disputa das chapas de Luis Omar e Maurício Ettinger. No Remo, uma semana depois, com uma única chapa, para reeleição do presidente Fábio Bentes.

* Casos frequentes de alta fadiga muscular e lesões no futebol são efeitos da quarentena. Três meses e meio sem os treinos nos clubes implicaram em perdas de massa muscular. Como agravante, maratona intensa de jogos na retomada, sem a devida preparação. A conta teria que chegar.

* Avaliação física de Felipe Gedoz mostrou o atleta em condições compatíveis para um pós-covid e falta de sequência de jogos. Projeção no Remo é que chega às condições fisiológicas ideais em duas semanas.

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