Remo: perda da invencibilidade potencializou dependência de Yuri no meio-campo

Dominado, Leão perde invencibilidade

Na noite de Santo Antônio, a festa foi do São José. O time gaúcho se impôs, dominou o Leão e venceu como merecimento. Sob marcação implacável, o Remo não conseguiu desenvolver o seu jogo de toque de bola e criou poucas situações no ataque. Com a transição defensiva empobrecida, o time azulino sentiu muito a ausência de Yuri. 

A derrota deixou em risco a liderança do grupo, que pode ser tomada hoje pelo Juventude no jogo contra o Volta Redonda, em Caxias do Sul. Mas o jogo serviu também para mostrar limitações que não podem ser ignoradas no time remista. O Leão está bem, mas ainda não é uma obra pronta. E as descobertas devem ser importantes às vésperas do Re-Pa, que será a verdadeira "prova dos nove" para a lua de mel do time com a torcida.  

Re-Pa, 8º maior clássico do Brasil, completa 105 anos

Quando Remo e Paysandu tiveram o primeiro confronto (Leão 2 x 1 Papão), no dia 14 de junho de 1914, aqueles azulinos e bicolores não poderiam imaginar história tão grandiosa. Além de ser o clássico mais jogado do mundo, com 747 jogos, o Re-Pa é também o 8º mais importante dos clássicos do futebol brasileiro. Por isso e pela relevância na cultura regional, o Re-Pa merece celebração, hoje, ao completar 105 anos.

É o 8º entre os 30 maiores do Brasil por votação de 297 jornalistas (11 de cada estado), promovida em 2016 pelo globoesporte.com. Só é superado por Grêmio x Inter, Palmeiras x Corinthians, Flamengo x Vasco, Flamengo x Fluminense, Cruzeiro x Atlético/MG, Corinthians x São Paulo e Bahia x Vitória. Está acima de Sport x Santa Cruz, Ceará x Fortaleza... Convenhamos, um ranking coerente!  

BAIXINHAS

* O Re-Pa faz aniversário no clima da 748ª partida entre os maiores rivais da Amazônia, na 9ª rodada da Série C. As estatísticas mostram    261 vitórias do Leão, 233 do Papão e 253 empates. No entanto, embora só tenha sido fundado em 1914, um ano depois da ativação do futebol no rival, o Paysandu tem um título estadual a mais: 47 x 46.

* História de que o Re-Pa é o clássico mais jogado do mundo foi “comprada” pela grande mídia em 2008, por ocasião do jogo 700. O jornalista Ferreira da Costa lançou livro sobre o tema, com dados de todos os jogos. A Rede Globo exibiu reportagem no Globo Esporte e não houve contestação alguma. Mas ainda falta o registro no Guiness Book.  

* Para chegar em paz ao próximo Re-Pa, o Papão tem a missão que vencer o Luverdense amanhã. Jogo com alta carga emocional para os bicolores, muito pressionados pela extrema necessidade de vitória. Os treinos estão indicando um time mais arrojado taticamente para maior força ofensiva. Luverdense também pressionado. Não vence há 11 jogos e está em posição de rebaixamento.

* Vencendo, amanhã, o Papão (7º colocado) pode até entrar no G4. Afinal, tem a mesma pontuação do Volta Redonda, Ypiranga e Tombense. Os três jogam fora de casa na rodada. O Voltaço contra o Juventude, o time gaúcho contra o Boa Esporte e o time mineiro contra o Atlético do Acre. Na pior das hipóteses (derrota), o Papão só poderia ser superado pelo Boa Esporte.

* De 2008 a 2017, Paysandu e Luverdense tiveram 18 confrontos, pela Série C, pela Série B e pela Copa do Brasil. Em jogos interestaduais, o time de Lucas do Rio Verde foi o adversário mais frequente do Papão no período. Seis vitórias do Luverdense, quatro do Paysandu e oito empates. Em Belém o Papão jamais perdeu para o alviverde matogrossense: seis vitórias e três empates.