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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Remo e Paysandu projetam os ganhos com acesso à Série B

Carlos Ferreira
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Orçamento dobrado para 2021, em caso de acesso à próxima Série B, segundo os presidentes de Remo e Paysandu, em resposta a uma provocação da coluna. Fábio Bentes disse que o Leão Azul na Série C funciona com orçamento de R$ 14 milhões/ano. Ricardo Gluck Paul não revelou o orçamento atual, que deve ser um pouco acima, mas também manifestou expectativa de o Paysandu dobrar o potencial de receita no primeiro ano da gestão de Maurício Ettinger, na Série B.

A maior diferença está na cota dos direitos de TV. Na Série C não há cota alguma. Na Série B, a CBF repassa R$ 8 milhões, em oito cotas mensais. O outro efeito direto é no programa de sócios torcedores, dobrando ou até triplicando a receita. A bilheteria, que não está rendendo nada este ano, por causa da pandemia, salta dos 9 a 13 mandos na Série C para 19 mandos na Série B. Vantagens transformadoras também nos negócios com produtos e ações de marketing.

Em oito meses, R$ 20 milhões

Nos sete meses da Série C, não mais que R$ 10 milhões em receita. Na Série B, possibilidades para mais de R$ 20 milhões em oito meses. Uma mudança de patamar! Tudo isso em jogo nas seis rodadas da próxima fase desta Série C.

São diversas as possibilidades abertas com o ganho de visibilidade na Série B. Mais que posição de honra, do ponto de vista moral, a Série B é vitrine atrativo do ponto de vista mercadológico, para comercialização de produtos, como camisas, outros materiais esportivos e direitos econômicos de atletas. Como clubes populares, sempre com grande sucesso de público, Leão e Papão alimentariam ótimas perspectivas na subida para a vida pós-pandemia.   

 BAIXINHAS

* Com os conhecimentos de quem foi vice do Paysandu na Série B, Ricardo Gluck Paul projeta o programa Sócio Torcedor com o mínimo seis mil adimplentes, e lembra que o Papão chegou a dez mil na Série B. Isso significa receita de R$ 300 mil a R$ 500 mil mensais.

* Atualmente, pela realidade da Série C, agravada pela pandemia, o Paysandu está com apenas 1.800 adimplentes, diz Gluck Paul. Receita insignificante, em torno de R$ 90 mil por mês. Por isso, o clube está focando tanto na venda de ingressos virtuais.

* O Remo, segundo o presidente Fábio Bentes, tem cerca de 2 mil sócios torcedores com mensalidades em dia. Cerca de R$ 100 mil por mês. Com as finanças em crescente aperto, o Leão Azul também apela para o suporte dos torcedores através dos ingressos virtuais.

* Na sua base de cálculos para a Série B, o Paysandu considera a média de sete mil pagantes por jogo e o preço médio de 30 reais. Em 19 mandos, rendas em torno de R$ 210 mil, arrecadação bruta total em torno de R$ 4 milhões.

* As expectativas de bilheteria ficam por conta da vacinação do povo, fim da pandemia e volta do público aos estádios, ainda sem prazo. Contudo, a Série B dá possibilidades que não existem na Série C, onde a Dazn tem os direitos televisivos pagando apenas os custos de logística dos clubes.

* O fato é que a ascensão à Série B muda as finanças, a vizinhança, as perspectivas e o estado moral. Realidade do Papão até 2018, distante do Leão desde 2007.

* O Liberal, 74 anos documentando e participando ativamente da história. Parabéns a todos!

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Carlos Ferreira
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