CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Re-Pa: vem um tri ou muda a hegemonia?

Carlos Ferreira
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O Remo não é tricampeão paraense desde 1995, quando era dirigido por Hélio dos Anjos. O Paysandu tem a extrema necessidade de reconquistar a hegemonia do Pará. Obstinados, os dois rivais vão fazer uma decisão tão quente quanto insossa. Quente por tudo o que está em jogo. Insossa pela ausência de público no estádio.

O Leão Azul subiu de cotação no pós-quarentena e o Papão trata de se reequilibrar. Os dois Re-Pas vão decidir o titulo estadual e influenciar no estado de espírito das equipes na Série C. Decisão com possibilidades iguais, como sugerem todos os confrontos entre azulinos e bicolores.

O Parazão teve quatro bicampeonatos do Remo e um do Paysandu desde 2001, como se fosse proibido ser tri neste século. Esse detalhe é só mais um tempero para a decisão.

Em Imperatriz, Leão é visitante favorito

Mesmo na casa do adversário, o Remo tem cotação de favorito contra o Imperatriz, no jogo desta segunda. Nem tanto pelo desempenho do time, mas pela fase crítica do time maranhense, muito impactado pela pandemia do coronavírus, com o contágio de metade do elenco e da comissão técnica. Tanto que só agora o Imperatriz vai estrear na Serie C. Foi impossibilitado de jogar nas duas primeiras rodadas, contra Treze e Jacuipense.

Pelas evidências de ascensão do time de Mazola Júnior, os remistas têm motivo bastante para acreditar na sétima vitória consecutiva no pós-quarentena, terceira na Série C.

BAIXINHAS

* Igor Gabriel, 16 anos, de Belém, atacante do Tapajós, foi o caçulinha deste Parazão, enquanto o azulino Zé Carlos, 37 anos, é o "tiozão". Outro menino de 16 anos é Júlio César, meia do Paysandu, natural de Igarapé açu que tem composto o banco do time profissional.

* Ceará e Atlético Goianiense, ambos da Série A, têm manifestado interesse em Igor Gabriel, que surgiu no futsal do Paysandu e já rodou pelas bases do Palmeiras e do Corinthians.

* O futebol cada dia mais intenso e as funções táticas mais complexas, totalmente diferentes das trabalhadas na base, aumentam as dificuldades para a garotada emplacar nos times principais. Paysandu e Remo começaram a temporada com sete frutos da base, cada. Nenhum emplacou até agora.

* A falta de lastro físico, tático, técnico e emocional exige dos garotos longo período de adaptação. No Remo, Mazola diz que os meninos só estarão prontos para 2021. Até lá, eles cumprem trabalho de aproveitamento. No Paysandu não é diferente.

* A necessidade do estágio de um ou dois anos no profissional é atraso na revelação dos atletas. Reflexo do "faz de conta" que impera na base dos dois clubes, inclusive pela insuficiência de competições, de intercâmbio, e, sobretudo, de investimentos.

* Um atenuante seria a participação de Remo e Paysandu com aspirantes (sub 23) na Segundinha, sem disputar acesso, como fazem Palmeiras B e Corinthians B no campeonato paulista. Oportunidade para rodagem e avaliação de atletas nessa fase de transição. Os presidentes Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul concordam, mas não movem uma palha por isso

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